2014-01-20 14:34:58

Sudão do Sul: apelos dos líderes religiosos


Juba (RV) – “Para nós é terrível ver que um problema político interno de um partido de governo, Movimento de Libertação do Povo Sudanês, o SPLM, tenha rapidamente se transformado em um conflito étnico de uma dimensão assustadoramente ampla”: é o que afirma um comunicado enviado à agência Fides pelo South Sudan Council of the Church (SSCC), Oganismo que reúne as principais confissões cristãs do Sudão do Sul, entre as quais a Igreja Católica.

Desde meados de dezembro último, os combates entre militares fiéis ao Presidente Salva Kiir e os rebeldes do ex-vice-Presidente Riek Machar, provocaram milhares de mortos, 400 mil deslocados internos e mais de 80 mil sudaneses refugiados nos países de fronteira. “É um horror!”, advertem os líderes cristãos, expressando sua solidariedade às vítimas e às populações em fuga.

Os representantes das Igrejas cristãs fazem um apelo às partes em conflito para que cessem imediatamente as hostilidades; permitam a criação de corredores humanitários para socorrer as populações em dificuldade; e resolvam suas controvérsias de modo pacífico.

Os líderes cristãos se comprometem em promover a paz criando comitês locais para pacificar os moradores e convidando os fiéis a não caírem na tentação do confronto interétnico: “Deus nos criou membros de diversas comunidades étnicas, mas os líderes políticos usam suas identidades étnicas para semear ódio e dividir a população. É preciso resistir com todos os meios a esta tendência”.

O documento propõe também convocar uma conferência nacional para delinear o futuro do Sudão do Sul, aberta aos membros da sociedade civil, pois “a soberania pertence ao povo e não a indivíduos ou partidos políticos”. (SP)







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