Simpósio de Formação Ecumênica discute evangelização e diálogo entre religiões
São Paulo (RV) - Professores do ensino religioso, agentes de pastorais e especialistas
se reúnem a partir desta sexta-feira, 17 de janeiro, em São Paulo, para debater os
aspectos determinantes do pluralismo eclesial e religioso no Brasil. Esse é um dos
objetivos do V Simpósio de Formação Ecumênica e XVI Encontro de Professores de Ecumenismo
que serão realizados, simultaneamente, até 19 de janeiro.
O evento é organizado
pela Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da
CNBB, com o propósito de capacitar agentes de pastorais e professores.
A conferência
de abertura se realiza na tarde desta sexta-feira e conta com a presença do Pe. Marcial
Maçaneiro, teólogo e professor, com atuação no MEC para verificação de cursos de Filosofia
e Teologia no Brasil.
Ele debate com os participantes as Declarações Nostra
Aetate e Dignitatis Humanae, que tratam da liberdade religiosa e sobre o diálogo inter-religioso.
Esses textos foram escritos durante o Concílio Vaticano II e completaram 50 anos de
suas publicações.
O especialista em ecumenismo, Pe. Gabriele Cipriani, que
possui longa trajetória de estudos da temática, aborda o Decreto sobre Ecumenismo
Unitatis Redintegratio, no qual a Igreja incentiva promover a unidade entre os cristãos.
Assinado pelo Papa Paulo VI, o decreto "quer propor a todos os católicos os meios,
os caminhos e as formas com que eles possam corresponder a esta vocação e graça divina".
De
acordo com o assessor da comissão, Pe. Elias Wolff, o seminário pretende aprofundar
a compreensão das orientações do Concílio Vaticano II sobre o ecumenismo e o diálogo
inter-religioso, para favorecer atitudes de encontro, diálogo e cooperação entre Igrejas
e religiões.
"Queremos intensificar o processo de formação para quem já estuda
e analisa o contexto religioso brasileiro. Também esta é uma oportunidade aos agentes
que atuam na dimensão pastoral, na tentativa de buscarmos métodos para vincular a
evangelização e o diálogo. Desta forma, encaminhar a ação missionária da Igreja, a
partir da convivência entre cristãos e membros de outras religiões", explicou Pe.
Elias. (MJ/CNBB)