2014-01-14 15:08:31

Pacifista irlandesa indica religiosa síria ao Nobel da Paz


Dublin (RV) – A pacifista irlandesa Mairead Maguire, Nobel da Paz em 1976, escreveu ao ‘Instituto Nobel’ propondo que o reconhecimento neste ano seja concedido à religiosa síria Agnes-Mariam de La Croix, empenhada na reconciliação e na assistência das vítimas da guerra civil que assola o país.

Agnes-Mariam de la Croix, nascida em Fadia Laham, é a responsável por uma iniciativa na Síria chamada ‘Mussalaha’ (Reconciliação), que defende o cessar fogo imediato e as negociações entre o governo e a oposição síria.

Mairead Corrigan Maguire, por sua vez, é co-fundadora da ‘Comunidade da Paz’, uma organização que trabalha pela pacificação na Irlanda do Norte. Na carta escrita ao Instituto Nobel, ela justifica a indicação da religiosa síria, explicando que “em um momento em que o mundo tem desesperadamente a necessidade de ver uma solução pacífica que coloque fim ao derramamento de sangue na Síria, a iniciativa ‘Mussalaha’ surge como um sinal de esperança: nos mostra um modo melhor de avançar e exprime o desejo da maioria dos sírios por um caminho de paz. É um modo de proceder que não parte da violência e que deseja um futuro em que as diferenças são resolvidas num clima de respeito recíproco que conserva a fraternidade histórica do povo sírio”.

A pacifista irlandesa visitou a Síria em maio de 2013, como hóspede da ‘Mussalaha’, ocasião em que encontrou alguns dos milhares de refugiados e deslocados, vítimas do conflito. “Constatei que existe um movimento legítimo não-violento que pede as reformas esperadas há tempos na Síria”, afirmou Maguire, observando que “os piores atos de violência são perpetrados por grupos externos que buscam incitar a divisão inter-confessional e a discórdia”.

A Irmã Agnes-Mariam de la Croix e sua organização buscam mediar as partes em conflito, além da libertação de pessoas seqüestradas, como os dois bispos, vários sacerdotes e as 12 irmãs ortodoxas. A religiosa constituiu, entre outros, uma preciosa fonte sobre a realidade dos eventos sírios, incluindo o caso dos ataques químicos, sendo por isto discriminada. (JE)









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