CPLP apoia todo o processo pré-eleitoral na Guiné-Bissau - diz Carlos Moura

Neo-eleito representante especial da CPLP para a Guiné-Bissau já está no país.
Carlos Alves Moura foi recebido esta terça-feira pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Fernando Delfim da Silva, a quem entregou uma carta do Secretário Executivo da CPLP, Isaac Murady Murargy.
A mensagem principal transmitida no encontro é: " a CPLP apoia todo o processo pré-eleitoral".
No final do encontro, Carlos Moura disse aos jornalistas que "a CPLP se coloca a disposição para colaborar naquilo que for possível,no sentido das aspirações pré-eleitorais, das eleições própriamente ditas. Enfim, a acompanhar todo esse processo, os esforços que as autoridades e a sociedade guineense fazem para chegar a um bom termo do ponto de vista democrático".
As eleições gerais estão marcadas para 16 de Março próximo.A organização e seus países membros prestaram ajudas significativas ao país nas últimas eleições que não chegaram ao seu fim. Nesta altura da parte da CPLP ainda não há definição do tipo da ajuda,mas Carlos Moura avançou"Nós estamos estudando a maneira mais eficaz dessa colaboração.Ainda não há uma determinação precisa,mas brevemente chegaremos a esse desiderato.

Sobre a realização ou não das eleições a 16 de Março, o representante da CPLP na Guiné-Bissau disse que pelas informações disponiveis " tudo caminha para que as eleições ocorram de acordo com a data marcada", mas admitiu que se vier a acontecer num prazo mais dilatado poderá ser por motivo de dar ao "pleito maior segurança,transparência e credibilidade".

A CPLP e o governo de transição que atualmente detém o poder desde o golpe de Abril de 2012 na Guiné-Bissau não falam a mesma língua.

A organização condena o golpe e não reconhece as autoridades de transição. Nesse meio, o Embaixador da CPLP, Carlos Moura disse que o Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Delfim da Silva, manifestou-se disponível para facilitar as negociações que forem necessárias .
Indira Correia Baldé em Bissau