Haiti: quatro anos depois do sismo, a presença da Cáritas com centenas de projetos
Porto Príncipe (RV) - Em 12 de janeiro, os haitianos recordarão o terremoto
que assolou o país em 2010.
Quatro anos depois, os escombros não são tão visíveis
na capital, Porto Príncipe, mas a destruição no tecido social ainda é forte. Somente
parte das ajudas internacionais oriundas de várias regiões do mundo foi efetivamente
usada em prol da população. Muitos dos abrigos construídos temporariamente se tornaram
permanentes, e carecem de água e luz.
Após a tragédia, a rede Cáritas ativou
146 programas de desenvolvimento, em várias áreas: assistência aos desabrigados, apoio
à instrução, projetos na área hídrica, médica, socioeconômica e de desenvolvimento
agrícola.
A Cáritas Brasileira, além da campanha para arrecadação de fundos,
constituiu um grupo de missionárias para trabalhar na capital, em parceria com a Conferência
dos Religiosos do Brasil e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O projeto
tem duração de dez anos.
Já o Presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca,
está no Haiti para assinalar esse quarto aniversário. Ele encerrará as ações de apoio
nas quais a Cáritas portuguesa esteve envolvida.
“A Campanha Pública ‘Cáritas
Ajuda Haiti’, que decorreu entre 13 de janeiro e 24 de março de 2010, contabilizou
donativos no valor de mais de um milhão e 300 mil euros, que foram aplicados nas ações
de emergência e reconstrução a favor das vítimas do sismo”, recorda a organização.
O
sismo provocou a morte de mais de 220 mil pessoas , deixou 300 mil feridas e afetou
cerca de três milhões.