Paris (RV) - O ‘Índice Mundial das Perseguições 2014’ confirmou o aumento da
violência contra os cristãos, nos 50 países monitorados pelo organismo, com particular
atenção à África Subsahariana. O relatório foi publicado no site da seção local francesa
da Open Doors. O Índice – divulgado a cada início de ano desde 1997 – monitora
os 50 países onde os cristãos correm maior risco.
Em cada um dos países monitorados
é atribuída uma série de pontos, baseados em indicadores ligados às notícias de violações
da liberdade religiosa na vida privada, familiar, social, civil e eclesial.
Em
2012, a soma de pontos de todos os 50 países alcançou a soma de 2.683. Nos últimos
12 meses, a cifra ultrapassou os 3.019 pontos. Desta forma, na escala da Open Doors,
a perseguição contra os cristãos teve um aumento de 12,5%.
A Coréia do Norte
é o país onde ocorrem as mais graves perseguições, seguida pela Somália, que no último
ano ocupava a 5ª posição, e pela Síria, que estava na 11ª colocação.
As maiores
preocupações dizem respeito ao avanço das posições registradas pelos países africanos.
Além da Somália, também o Sudão, a Eritréia, a Líbia e a Nigéria registram um aumento
nas perseguições contra os cristãos. Preocupa, sobretudo, a situação na República
Centro Africana, país que no passado não apresentava motivos para ser monitorado e
em 2013 elevou a atenção devido à violência ligada à guerra civil, levando o país
a ocupar a 16ª posição.
Outra região que provoca grandes preocupações é o Oriente
Médio, tendo a frente a Síria que, segundo a Open Doors, é o país com o maior
número de cristãos mortos: 1.213. O Egito, por outro lado, é indicado como o país
onde os cristãos sofreram nos últimos 12 meses o maior número de igrejas destruídas,
além de construções de cristãos, 492 no total. O segundo lugar é ocupado pela Nigéria
com 269 igrejas ou construções cristãs destruídas.
Por fim, o relatório da
Open Doors revelou um aumento significativo de violência contra os cristãos
nos países que vivem em grave situação de instabilidade política. Entre as 10 primeiras
posições do Índice, nesta situação, estão a Somália, a Síria, o Iraque, o Afeganistão,
o Paquistão e o Iêmen. (JE)