2014-01-04 13:15:22

República Centro-africana: um milhão de deslocados na mais desolada situação humanitária


Na República Centro-africana a situação permanece caótica. Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados o conflito no país já provocou cerca de um milhão de deslocados e refugiados que permanecem na mais desolada situação humanitária.

Não obstante a presença de forças francesas que deveriam ajudar a repor a segurança no país, o clima permanece tenso. Os confrontos entre milícias de auto-defesa cristãs anti-balaka e combatentes da antiga coligação Séléka continuam e a desconfiança entre as partes é grande. Elementos da MISCA, Força Africana, presente no país, de que os militares chadianos representam o contingente mais importante, estariam, segundo algumas fontes de informação, implicados nas violências.

Por outro lado os chadianos no país têm sido alvo de violências e, ao visitar ontem alguns retornados, em Ndjamena, o Presidente chadiano, Idriss Déby, disse que as exacções contra os seus cidadãos na República Centro-africana não ficarão impunes.

Milhares de chadianos encontram-se desde há dias no Aeroporto de Bangui, à espera de poder regressar ao próprio país por avião. Mas entretanto, o Chade pôs à disposição uma vintena de grandes camiões militares para a repatriação dos seus cidadãos.

Segundo o Embaixador do Chade em Bangui, isto constitui um alívio. Ele acrescentou que os camiões vão deixar as pessoas em Sido, na fronteira entre os dois países, onde uma outra equipa se encarregará de as encaminhar para outras partes do Chade. Entretanto, continuará também a repatriação por via aérea - disse.


A extrema gravidade da situação neste país africano levou os responsáveis religiosos a apelar à intervenção da ONU - informa a Agência Fides: D. Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui, e Omar Kobine Layama, Imã da capital centro-africana, fizeram um apelo conjunto publicado no jornal francês ‘Le Monde’. “Mais de dois milhões de pessoas precisam desesperadamente de ajuda”, escrevem os dois líderes religiosos, apelando à intervenção no país “de uma força da ONU para a manutenção da paz, com os recursos necessários para proteger de modo satisfatório os civis”.
Ainda segundo a Agência Fides, as Cáritas dos Estados Unidos da América e da França estão já presentes na zona norte do país (Bossangia) para prestar assistência às vítimas do caos e da violência.








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