2013-12-30 15:35:34

Rio de Janeiro: balanço da Pastoral das Favelas


Rio de Janeiro (RV) - A Pastoral das Favelas da Arquidiocese do Rio de Janeiro ao fazer o balanço de suas atividades no ano de 2013, destacou a visita do Papa Francisco ao Complexo de Manguinhos à Comunidade de Varginha como uma “confirmação” de sua ação evangelizadora. “A visita do Papa trouxe uma confirmação daquilo que nós estamos desenvolvendo. Ele disse: ‘É isso que eu quero; que a Igreja seja promotora da justiça e advogada dos pobres’. É nessa certeza que nós, como Igreja, nos fazemos presentes para defender o direito dos marginalizados da sociedade”, destacou Mons. Luiz Antônio Pereira Lopes, Coordenador da Pastoral das Favelas, em matéria no site da arquidiocese.

Criada em 1976, por iniciativa do então Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eugenio Salles, a Pastoral das Favelas completou 37 anos de existência em setembro passado. Com um vasto campo de atuação, a pastoral iniciou um trabalho de incorporação das áreas marginalizadas às igrejas mais próximas.

“O grande trabalho que a pastoral faz é levar a presença da Igreja para fora de seus muros. No início, Dom Eugenio falava do desejo de que cada favela do Rio de Janeiro tivesse a presença da Igreja, e a gente trabalhou para isso. Com o tempo, fomos vendo que não bastava apenas ter a presença física. Teria que ser uma presença atuante e, assim, incorporamos a favela ao território paroquial. Não existe uma paróquia do Rio de Janeiro que não tenha em seu território um bolsão de pobreza”, explicou lembrando Dom Eugenio Salles.

A pastoral faz parte da Comissão de Habitação, da Câmara dos Vereadores para buscar garantir o direito à moradia. “Como nós que somos Igreja vamos reclamar do Estado se não nos fizermos presentes? Essa é nossa coerência. Temos de estar presentes naqueles que fazem as leis para defender os interesses da comunidade”, destacou o coordenador. Segundo Mons. Luiz Antônio a missão da pastoral está diretamente ligada ao papel de mediadora dos direitos das comunidades.
“Com a mediação da pastoral, ensinamos caminhos. O que é a caridade social de que tanto se fala na Igreja? Não é só dar o alimento, mas ensinar a pessoa a lutar pelo alimento. Não é dar o peixe, mas ensinar a pescar. Então, as pessoas devem saber onde podem reivindicar seus direitos. Levamos essas instituições do Direito a ter contato com quem delas necessita”, frisou.

A pastoral desempenha ainda, um trabalho de acompanhamento dos investimentos recebidos pelas comunidades. “Quando a comunidade local passa a desenvolver seu trabalho, nós incentivamos que ela se emancipe, ou seja, caminhe com as próprias pernas. A área do Complexo de Manguinhos, por exemplo, é uma região que tem recebido investimento. Nessa região, especificamente, nosso papel é acompanhar se esses investimentos estão colaborando para melhorar a qualidade de vida”, finalizou Mons. Luiz Antônio. (SP-A12)







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