Mensagem de Ano Novo, do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos
É um discurso no qual, Eduardo dos Santos começa por evocar a sua partilha de sentimentos
com as famílias angolanas que perderam entes queridos: “O ano de 2013” - diz Eduardo
dos Santos - “foi marcado por grandes acontecimentos. Alguns deles, infelizmente,
de natureza dramática que causaram enormes prejuízos e retiraram do nosso convívio
cidadãos que muito ainda tinham para dar à Nação. Que as suas almas descansem em paz
e que os seus bons exemplos sejam seguidos pelas novas gerações!”. E mais adiante:
“Nunca é demais falarmos da necessidade da tolerância e do respeito mútuo e também
do respeito pela vida e pelos direitos dos cidadãos por parte das instituições públicas
e privadas, independentemente da sua condição social, da sua origem, das suas crenças
religiosas e das suas preferências partidárias. A condenação à pena de morte foi abolida
no nosso país pela Constituição, em 1991. A 'cultura da morte' ou do assassinato por
razões políticas não é prática do Estado angolano”. “Em conformidade com a Constituição“
- continua o Presidente - ”incumbe ao Estado proteger e garantir o direito à vida
dos cidadãos e tudo tem sido feito e continuará a ser feito nesse sentido”. E
ainda: ““Exprimo o meu apreço aos responsáveis políticos, religiosos ou de organizações
da sociedade civil que se manifestam sempre contra os incitamentos ao ódio, à violência
ou ao desrespeito pela legalidade estabelecida, e promovem campanhas de educação a
favor da paz e a harmonia no seio da nossa sociedade, apesar das diferenças de opinião.
“Fortalecer a estrutura familiar, enquanto núcleo básico da sociedade, e pugnar
pela inclusão social e económica de todos os cidadãos, sem qualquer distinção, a valorização
e a melhoria das condições de vida da família, a igualdade do género, a protecção
social do idoso, a protecção integral dos direitos da criança, a integração social
completa dos desmobilizados a urgência da melhoria da vida da mulher angolana e sobretudo
da mulher rural, são também das questões que mereceram uma particular menção do
Presidente angolano, nesse mesmo discurso.
“A Nação” - diz Eduardo dos Santos
- “está grata à mulher angolana e, em particular, à mulher rural e presta-lhe um merecido
tributo. Mas temos de ir mais longe do que temos feito, intensificando o desenvolvimento
rural e melhorando as condições de vida e de bem-estar das famílias e das comunidades
rurais”.
“Nesta quadra festiva” – conclui o Presidente angolano: “reafirmamos
o compromisso de continuar a dar o nosso melhor contributo para que o País continue
a crescer e as famílias angolanas tenham uma vida cada vez mais condigna, num clima
de paz, harmonia e tolerância e para que todos mantenhamos acesa a chama da esperança
num futuro melhor. Dirijo uma saudação especial e votos de rápida recuperação a todos
aqueles que neste momento se encontram doentes ou impossibilitados de festejar o Natal
e o Ano Novo com as suas famílias. - Desejo a todos Festas Felizes e um próspero Ano
Novo! (Fim de citação).