2013-12-21 12:14:36

Sudão do Sul: Líderes religiosos fazem apelo pela paz e reconciliação


Juba (RV) - Multiplicam-se os apelos dos líderes das Igrejas cristãs pela paz e reconciliação no Sudão do Sul. Enquanto isso, a ONU e vários países estão retirando seus cidadãos do país onde estão sendo perpetrados confrontos violentos entre as facções rivais das forças armadas.

A invasão na base da ONU de Akobo, no leste do Sudão do Sul, em que morreram três Capacetes Azuis indianos, acelerou as operações de repatriação dos estrangeiros.

Para evitar que a luta entre o Presidente, Salva Kiir, pertencente à etnia Dinka, e o ex Vice-presidente, Riek Machar, de etnia Nuer, jogue o país, que se tornou independente em julho de 2011, na espiral do confronto étnico, vários bispos católicos e de outras confissões cristãs denunciaram a instrumentalização étnica para fins políticos.

Segundo o Sudan’s Catholic Radio Network, o Bispo de Yei, Dom Erkulano Lodu Tombe, pediu aos soldados para não darem ouvidos a alguns políticos que fomentam confusão e divisão. O Bispo da Igreja Evangélica Presbiteriana de Yei, Rev. Elias Taban, afirmou que "alguns traidores do Sudão do Sul querem promover o tribalismo para deixar o país subdesenvolvido".

Os líderes religiosos cristãos escreveram uma carta comum. Definindo-se "membros nativos das comunidades Dinka e Nuer", os bispos e todos os membros do clero "se identificam não como representantes de tribos ou denominações religiosas, mas como líderes e representantes da Igreja e do Corpo de Cristo".

Ao expressar a dor pelas violências em Juba e no Estado de Jonglei, os signatários da carta condenam e corrigem as afirmações dos meios de comunicação segundo as quais a violência foi provocada por um conflito entre as tribos Dinka e Nuer. O que aconteceu não deve ser descrito como um conflito étnico. Existem contrastes políticos entre o Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA), partido atualmente no poder, e os líderes políticos do Sudão do Sul.

Os líderes religiosos denunciam episódios de assassinatos por causa da etnia, pedem aos políticos para não incitar as pessoas à violência, mas trabalhar pela paz e a reconciliação. (MJ)







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