"Governo não tem máquina de fabricar dinheiro" - governante guineense aos sindicatos
"O governo não tem máquina de fabricar dinheiro" - esta foi a resposta de um governante
guineense aos sindicatos na ronda negocial de terça-feira com vista ao levantamento
da greve. A afirmação do membro do governo suscitou reações e os sindicatos acabaram
por abandonar a mesa de negociação. Segundo Filomeno Cabral "houve desentendimento
entre as equipas de negociação do Governo e dos sindicatos. As exigências dos
sindicatos continuam a ser o pagamento de dois meses de salários. Isso levou um governante
a afirmar que o governo não tem máquina de fabricar dinheiro". A nossa equipa "não
gostou e acabou por abandonar a mesa de negociações" - acrescentou o sindicalista,
Filomeno Cabral. O Secretário-Geral da Confederação dos Sindicatos garantiu que
"se o Governo não mudar estratégia, posição e linguagem, a greve vai até na sexta-feira
e os sindicatos vão entregar um novo pré-aviso de greve que deverá começar na próxima
semana". Por razões humanitárias, os sindicatos acharam por bem libertar o setor
dos transportes para facilitar a circulação da população dentro e fora da capital.
Portanto, desde terça-feira à noite os transportes voltaram a funcionar em pleno
no País. Mas as instituições do estado continuam encerradas. Indira Correia Baldé-
Bissau