Moscou (RV) – Termina nesta quinta-feira a viagem do Cardeal Kurt Koch, Presidente
do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, à Rússia. A primeira
etapa da viagem que começou no dia 14 foi São Petersburgo para encontros com a comunidade
católica. A segunda etapa foi Moscou para encontros com as autoridades da Igreja ortodoxa
russa, com o objetivo de avaliar as relações entre as duas Igrejas cristãs e projetar
passos no futuro. Na última terça-feira, dia 17 de dezembro, houve o encontro entre
o Cardeal Koch e o metropolita Hilarion, chefe do departamento para as relações exteriores
do Patriarcado de Moscou.
Num comunicado, no final do encontro, se informa
que o diálogo entre os dois líderes religiosos abordou questões de cooperação entre
o Patriarcado de Moscou e a Igreja católica romana, em particular no contexto da Comissão
mista católico-ortodoxa teológica, e, em contexto cultural e da troca de estudantes.
Participaram do encontro, além do Cardeal Koch, o Núncio Apostólico junto à Federação
Russa, Dom Ivan Jurkovic, e Dom Paulo Pezzi, Arcebispo da Arquidiocese da Mãe de Deus,
e um integrante do dicastério vaticano Iakinf Destivel. Ontem, quarta-feira, na Catedral
Cristo Salvador o encontro do Cardeal Koch com o Patriarca de Moscou e de toda a Rússia,
Kirill, mas oficialmente não foi divulgado nenhum comunicado.
Em uma coletiva
de imprensa, na capital, o purpurado afirmou que as relações entre católicos e ortodoxos
russos “melhoraram”: o metropolita Hilarion vem a Roma frequentemente, e vemos que
na Igreja de Moscou há uma desejo maior de ações comuns”, destacou. Eis o que disse
à Rádio Vaticano o Cardeal Koch sobre os encontro destes dias:
“É muito
cedo para dizer algo de concreto, mas espero que a minha visita contribua para aprofundar
a relação entre a Igreja Ortodoxa russa e a Igreja Católica. E espero que o encontro
com o Patriarca Kirill favoreça o aprofundamento das questões comuns às duas Igrejas.
Constatei também uma maior colaboração com a Igreja Católica, com a Igreja de Roma,
e isso eu aprecio muito. Espero que no futuro esta cooperação possa se tornar mais
ampla e melhor”.
Precisamente sobre o caminho do diálogo ecumênico entre
católicos e ortodoxos russos fala o Padre Germano Marani, Professor de Teologia Dogmática
e Missiologia no Pontifício Instituto Oriental e na Pontifícia Universidade Gregoriana,
profundo conhecedor da ortodoxia russa:
R. - O ano de 2013 foi um ano bastante
positivo no que diz respeito às relações entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa
russa. Houve melhoramentos, embora não tão imediatamente visíveis, e se nota sobretudo
também nos jornais russos, que se fala melhor sobre a Igreja Católica e do que está
relacionada a ela. Creio que é um ponto importante.
P. – Ao que se devem
esses progressos?
R. – Se devem a um clima que está melhorando, às diversas
relações em curso, aos intercâmbios, mesmo que não veem e não se fala. (SP)