Cidade do Vaticano (RV) – No nosso Espaço Memória
Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar dos fatos marcantes
que antecederam o início do Concílio.
João XXIII nutria confiança nos homens
modernos e sobretudo afastava-se dos profetas catastróficos, não por um mero otimismo,
mas por profundos motivos de fé, dado que a salvação trazida por Cristo era para todos
os homens e a sua redenção, não poderia ser frustrada por movimentos de pensamentos
ou neutralizada por desvios filosóficos.
Naturalmente, o Papa não compartilhava
todo o pensamento moderno, era bem consciente dos danos provocados às almas, pelo
materialismo sistemático, quer do socialismo real, quer do liberalismo. Em função
disto, não perdia ocasião para recomendar aos católicos a vigilância, a responsabilidade,
a prudência de juízo e a firmeza nas coisas existenciais.
Mas, que Concílio
o Papa João XXIII tinha em mente? O próprio Pontífice revelou isto em muitas circunstâncias,
em muitos discursos, audiências, mensagens, Cartas Apostólicas, e durante aquela que
foi definida como a ‘preparação propedêutica ao Concílio’. Mas sobretudo, manifestou
isto em três momentos: no discurso com o qual, em 14 de novembro de 1960 inaugurava
os trabalhos das Comissões Preparatórias; no amplo discurso proferido em 5 de junho
de 1960 na Praça São Pedro, após as Vésperas de Pentecostes e por fim, na Bula Humanae
Salutis, com a qual convocava oficialmente o Concílio.
O Bispo de Campos
(RJ), Dom Roberto Paz, faz uma análise do conteúdo da Bula de Convocação do Concílio.
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