2013-12-17 18:41:38

Os frutos de uma amizade


Cidade do Vaticano (RV) - Quando nos colocamos nas mãos de Deus e procuramos de todo o coração seguir seus ensinamentos, Seu Espírito nos guia e nos encontramos em plena felicidade, ainda na terra e quem sabe, salpicada de pequenas dificuldades e incômodos.

Por outro lado, encontramos pessoas, que como nós, partilham seus desejos de servir a Deus e nos ajudam nessa caminhada, tornando-a mais suave e agradável.

Quando o camponês Pierre Favre deixou sua família na Sabóia e foi para Paris responder ao apelo de seu coração e de sua inteligência, que não se satisfazia com a vida de aldeia, mas queria dar prosseguimento aos estudos feitos na simplicidade de uma escola interiorana, ele não sabia, mas estava respondendo a uma chamada do Senhor. Na verdade, além de mestre em humanidades, Pedro queria ser sacerdote.

Na Cidade Luz, Favre mergulhou no ambiente universitário e encontrou Xavier como seu companheiro de quarto um rapaz de sua idade, vindo de família nobre, da região de Navarra e com pretensões de se tornar advogado. Os dois partilhavam tudo, principalmente a fé em Deus.

Um tempo depois, chegou um terceiro, mais velho e basco, chamado Iñigo, desejoso de converter o mundo a Deus e que se tornou aluno de Xavier. A amizade cresceu entre eles a ponto de rezarem juntos, partilharem comida e bolsa.

Desse convívio, que aparentemente era um ajudar-se recíproco, mas que na verdade era uma convivência entre homens de valor e de grandes ideais, nasceu uma Ordem religiosa que se colocou a serviço do Santo Padre e, pela graça de Deus, se tornou a maior Ordem religiosa do mundo – a Companhia de Jesus!

Iñigo, ou melhor, Inácio e Xavier foram canonizados e colocados, o primeiro como padroeiro dos Exercícios Espirituais, o segundo, como patrono das Missões. Agora, recebe a glória dos altares, como santo, o primeiro sacerdote jesuíta, Pedro Fabro.

Podemos nos unir para o bem e para o mal. Os corações de três homens de Deus: Fabro, Xavier e Loyola, se uniram na Universidade de Paris para fazer o bem, para buscar a vontade de Deus para suas vidas. Colocaram Deus acima de tudo e o mais consideraram esterco.
Suas inteligências, bem querer e bens, as próprias vidas, tudo a serviço do anúncio da boa nova, do Reino de Cristo, da justiça e da paz.

Também nós, também nossas vidas, nossos dons humanos, sócio-afetivos, intelectuais e espirituais, não são nossos, mas pertencem àquele que no-los deu – o Senhor de tudo, Deus todo-poderoso, criador do Céu e da Terra –, a Ele e a seus filhos deveremos servir, na alegria e na felicidade.

Do mesmo modo que um relacionamento entre um casal é um bem que não se esgota em si mesmo, a amizade entre as pessoas também sacia o coração, mas vai além disso, repercutindo em benefício da coletividade. Estreitar relações sadias e duradouras é um bem para a sociedade.

Jesus e seus discípulos, Inácio de Loyola e seus amigos, eu e minha família, eu e meus amigos...
(CAS)








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