Concilio Vaticano II: As reações à convocação do Concilio
Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória
Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II – vamos continuar a tratar na edição de
hoje, da convocação da Concílio.
Em 25 de janeiro de 1959, na Sala Capitular
da Abadia de São-Paulo-fora-dos-muros, o Papa João XXIII anunciou, inesperada e solenemente,
o desejo de convocar um Concílio Ecumênico, surpreendendo a opinião pública. Na Festa
de Pentecostes, em 17 de maio de 1959, o Papa Roncalli fazia o anúncio público da
comissão preparatória deste grande evento da Igreja.
Mas, que reações provocou
a Convocação do Concílio? Na publicidade, as vozes foram entusiastas, mas nos bastidores,
ouviam-se opiniões temerosas. Conta-se que o próprio Cardeal Montini, futuro Papa
Paulo VI, teria dito: “aquele santo homem”, referindo-se a João XXIII, “não se dá
conta de que se está metendo num vespeiro”, e outro renomado Cardeal, Lercaro, julgava
uma imprudência e inexplicável tal convocação.
As análises do momento dividiam-se
em esperançosas e apreensivas.
O Bispo de Cruz Alta, Dom Frederico Heimler,
estudante de Filosofia na época da convocação, contou para a Rádio Vaticano como recebeu
o anúncio da convocação.
Nós também conversamos com Dom Dadeus Grings, Arcebispo
Emérito de Porto Alegre, sobre a importância da convocação do Concílio. (JE)