2013-12-12 09:37:40

Caritas Internacional quer eliminar a fome até 2025 - as declarações do secretário-geral Michel Roy


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Na audiência geral desta quarta-feira o Papa Francisco lançou um apelo contra a fome e o desperdício de alimentos lembrando a campanha da Caritas Internacional que tem como lema: ‘Uma só família humana, alimento para todos’. Esta campanha foi lançada esta semana em Roma e pretende eliminar a fome até ao ano 2025. Recordemos o apelo do Papa ontem na Praça de São Pedro:

“Ontem a Caritas lançou uma campanha mundial contra a fome e o desperdício de alimentos com o lema: ‘Uma só família humana, alimento para todos’. O escândalo dos milhões de pessoas que padecem de fome não nos deve paralisar, mas empurrar-nos a agir a todos nós, famílias, comunidades e governos para eliminar esta injustiça. O Evangelho de Jesus mostra-nos o caminho: confiarmos na providência do Pai e partilhar o pão quotidiano sem desperdiçar. Encorajo a Caritas a levar em frente este empenho e convido todos a unirem-se a esta onda de solidariedade.”

A organização desta campanha propõe que os governos adotem um quadro normativo sobre o direito à alimentação. E considera fundamental sensibilizar a opinião pública para a praga dos desperdícios. O nosso colega do programa italiano da Rádio Vaticano Paolo Ondarza ouviu o secretário-geral da Cáritas Internacional Michel Roy:

“Não se pode viver sem comer, sem beber: é um direito reconhecido pela Declaração dos Direitos Humanos, há 65 anos, mas deve ser transformado em lei nacional. Um país como o Brasil decidiu fazer uma política que se chama “Fome Zero” e as coisas mudaram. Se todos os países do mundo tivessem uma lei nacional sobre o direito à alimentação, os governos sentiriam-se mais obrigados a isto. Eu vejo que em muitos países, em que a fome é forte, os governos consideram-na uma coisa normal, porque sempre foi assim: Não! É um escândalo que a gente coma apenas uma refeição por dia ou até menos. Em cada país do mundo há este problema. Mesmo aqui em Itália.


“É fácil dizer que a fome é culpa dos políticos... É qualquer coisa que diz respeito a todos nós, devemos refletir sobre os nossos estilos de vida. Estamos em solidariedade com os pobres , ou não? Não se pode fechar os olhos, pelo contrário: deve-se responder a este problema. A solidariedade é fundamental, a fraternidade – tema do Dia da Paz no próximo dia 1 de Janeiro – é fundamental.” (RS)








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