2013-12-11 12:30:41

Argentina: em nota, bispos condenam violência


Buenos Aires (RV) – “A Argentina necessita com urgência deter atitudes que comprometem a segurança e a paz social” – são as primeiras palavras do comunicado emitido nesta terça-feira, 10, pela Conferência Episcopal Argentina a respeito da onda de saques e violência em várias províncias do país.

“Não devemos negar os problemas, mas assumi-los e solucioná-los através de um diálogo sincero e construtivo, que é expressão de pertença e amizade social. O imenso conflito policial criou situações de abandono da cidadania, que não concordam com o espírito e o profissionalismo tradicional das forças de segurança. Necessitamos de sua presença e a valorizamos. Lamentamos ainda que ante esta situação, tenham-se verificado episódios de abuso, crimes contra a vida e os bens de muitos cidadãos”, diz o comunicado.

A nota é assinada por Dom José María Arancedo, Arcebispo de Santa Fe de la Vera Cruz, Presidente da Conferência Episcopal Argentina.

Cinco pessoas morreram nas últimas horas em diferentes pontos do país em uma nova onda de saques durante protestos de policiais por reivindicações salariais, o que eleva para pelo menos sete o número de vítimas mortas em várias províncias. Os protestos tiveram início em Córdoba e se generalizaram por pelo menos 16 regiões do país.

Os incidentes começaram na semana passada em Córdoba, a 700 km ao oeste de Buenos Aires, quando dezenas de pessoas se lançaram a saquear lojas e supermercados, aproveitando a ausência de policiais nas ruas, que se declararam em greve para exigir uma melhora de seus salários básicos.

Os protestos se estenderam desde então para outras dez províncias da Argentina, apesar das chamadas do governo nacional e dos governos provinciais aos policiais para que cessem "a extorsão" e efetuem suas reivindicações através do diálogo. Ao lado das regiões citadas, também se aquartelaram as forças em Catamarca, Corrientes, Mendoza, Santa Fé, Río Negro (província), Neuquén e Chubut.

Os aumentos salariais conquistados pelos policiais em várias províncias para retornar suas funções contemplam salários básicos de cerca de 8.500 pesos (R$ 3.140), que em alguns casos representam um aumento de até 50%.
(EFE e Clarín)








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