2013-12-05 12:27:02

Tartastão: igrejas queimadas


Moscou (RV) - Igrejas queimadas, atentados evitados, pressão sobre os fiéis cristãos para que se convertam ao Islã. No Tartastão – República autônoma da Federação Russa, de maioria muçulmana – aumenta o alarme extremismo. Aumentou tanto que o Presidente Rustam Minnikhanov expressou preocupação e prometeu seguir pessoalmente as investigações a esse respeito.

No que se refere aos incêndios, que se verificaram em várias partes da região, as acusações formalizadas são de vandalismo, incêndio doloso, violação da liberdade de consciência e de religião. Os investigadores insistem, no entanto, que devem ser considerados “atos de terrorismo”. No ano passado - refere a agência AsiaNews - foram sete as paróquias cristãs incendiadas. Os dois últimos episódios ocorreram em 28 e 29 de novembro passado, conforme relatado pela agência Regnum.ru. Em 2012, não houve nenhum caso semelhante.

A Procuradoria-geral apontou o dedo contra “extremistas não identificados” e os culpados podem ser condenados até 20 anos de prisão. Segundo o jornal Komsomolskaya Pravda, sobre os incêndios nas igrejas os investigadores estão seguindo a pista de grupos wahabitas. Quê os responsáveis pelos ataques contra os muçulmanos sejam adeptos do Islã radical é também o parecer do clero local. Em entrevista à Interfax, Padre Dmitri Sizov, pároco na área de Pestrechinsky, disse que “toda a comunidade sabe que é obra dos wahabitas”.

Segundo ele, em alguns vilarejos de maioria cristã do Tartastão circulam “agitadores fundamentalistas, que pedem aos fiéis que se convertam ao Islã”. “Os sacerdotes ficam em silêncio porque eles têm medo de serem acusados de incitação ao ódio religioso”, acrescentou Padre Sizov.

O Presidente Minnikhanov ofereceu uma recompensa de um milhão de rublos para quem fornecer informações úteis para identificar os responsáveis pelos incêndios, e foi aberta uma investigação penal por conspiração terrorista, após a descoberta de explosivos que não foram detonados, nos distritos de Alexeyevsky e Nizhnekamsk, no final de novembro.

Por sua vez, os líderes religiosos locais - muçulmanos e ortodoxos – lançaram um apelo às suas comunidades, para que não recolham o que eles chamam de “provocação”, que visa “destruir as boas relações inter-religiosas desenvolvidas ao longo dos séculos na região do Volga”. “O vandalismo contra objetos e lugares de culto é um insulto direto aos sentimentos dos fiéis e os responsáveis por esses atos merecem ampla condenação pública”, escreveram em um comunicado conjunto o Metropolita do Tartastão Anastásio e o mufti Kamil Samigullin. (SP)








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