Bispos argentinos: Edificar uma cultura do encontro e solidariedade
Buenos Aires (RV) - A Pastoral Vocacional e a urgência de um renovado anúncio
do Evangelho num contexto social marcado por grandes emergências foram os temas principais
da reunião do Conselho Permanente do episcopado argentino, que se concluiu nesta quarta-feira.
Além
de analisarem a situação social do país, os prelados refletiram sobre o tema da nova
evangelização e da missão permanente baseando-se no discurso que o Papa Francisco
proferiu ao Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), no âmbito da Jornada Mundial
da Juventude, no Rio de Janeiro, em julho passado.
A assembleia plenária do
episcopado argentino prevista para abril de 2014, centralizada no tema da pastoral
vocacional, também foi outro tema abordado pelos bispos.
Depois da publicação
em novembro passado do documento "O drama da droga e do narcotráfico", a Conferência
Episcopal Argentina proclamou 7 de dezembro, dia de jejum e oração como gesto de acompanhamento
e reflexão sobre a questão da droga e narcotráfico. Os católicos e todos os homens
de boa vontade estão convidados a participar dessa iniciativa. Os bispos argentinos
pedem uma ação urgente das autoridades contra o uso e tráfico de drogas.
A
iniciativa do próximo dia 7 é uma ocasião para pedir a Deus para tocar nos corações
daqueles que têm o poder de decisão para frear a força perversa e devastadora das
drogas.
"Rezaremos também pela edificação de uma cultura do encontro e solidariedade,
pela promoção de uma vida mais digna e pela conversão dos narcotraficantes", destaca
a nota dos bispos.
Segundo a Conferência Episcopal Argentina, a difícil situação
econômica e social do país está causando grandes repercussões na vida dos jovens.
Nos últimos anos, o uso de drogas, o mercado das drogas, controlado por gangues
criminosas, e outras problemáticas como alcoolismo e jogos de azar, assumiram dimensões
assustadoras. A idade dos usuários de droga passou de 14 para 8 anos.
Em Buenos
Aires, o dia de jejum e oração será dedicado também às vítimas do tráfico de seres
humanos e exploração no local de trabalho. (MJ)