2013-12-04 19:25:14

Card. Maradiaga: "A Igreja do Papa Francisco tem as portas abertas para deixar entrar as pessoas e deixar sair o Evangelho".


Cidade do Vaticano (RV) – “O Papa Francisco é um homem livre e decidido, de grande liberdade espiritual e plenamente envolvido nas dinâmicas da vida, e nos diz que a pior doença é esta homogeneização de pensamento, onde falta liberdade e diálogo”. Foi o que afirmou o Cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga durante a apresentação do livro-entrevista com o Papa Francisco ‘A minha porta está sempre aberta. Uma conversa com o Padre Spadaro’, de autoria do sacerdote jesuíta, Diretor da ‘Civiltá Cattolica’.

“Já a partir do título – diz o Arcebispo de Tegucigalpa – entendemos o comportamento do Papa. João Paulo II era o Papa do ‘Não tenham medo’, Bento XVI do ‘Abram as portas a Cristo’. Francisco é o Papa que diz “A minha porta está sempre aberta”.

“Para o Papa Francesco – observou o Cardeal Maradiaga – ir à periferia significa essencialmente duas coisas: o diálogo com todos e a piedade popular. A Igreja do Papa Francisco tem as portas sempre abertas para deixar entrar as pessoas e deixar sair o Evangelho”. “O Papa vulcânico ama dialogar, é uma espécie de fluxo vulcânico de idéias que se conectam entre elas”.

O Cardeal Maradiaga descreve o Pontífice argentino como “um vulcão, uma mina inesgotável. A sua espiritualidade é feita de faces humanas. Um Papa missionário que, pela sua própria definição, diz que a sua tarefa é de ser ‘custódio’”. “Bem entendido – reitera Maradiaga – não no sentido de policial, mas de pai”.

O Cardeal evidenciou um dos temas caros ao Papa Francisco quando leva em frente o tema da “genialidade contra a decadência de um pensamento estéril que gera tristeza, solidão e abandono”.

Por sua vez, Padre Spadaro diz simplesmente: “O autor é o Papa. É um caos calmo no sentido que quando se fala com ele chega uma primeira onda, após uma segunda e uma terceira e depois os fios vão sendo reatados”.

Na apresentação do volume na Sala Pio X, estavam presentes os oito Cardeais empenhados com o Papa na reunião da reforma da Cúria Romana, além do Secretário de Estado Dom Pietro Parolin e do Prefeito da Casa Pontifícia Georg Ganswein.

Nos debates durante a apresentação do livro, o Diretor do jornal italiano 'Corriere della Sera', Ferruccio De Bortoli, disse que “É como se o Papa tivesse aberto uma ampla consulta entre os fiéis”. Já o Diretor do Censis e ex-aluno dos jesuítas, Giuseppe De Rita, recordou que São José é uma das referência do Papa Francisco. “Bergoglio – sublinha – defende que a realidade dos fatos está nas periferias, não no centro”. “Nas suas palavras – observa De Rita – não existe nunca populismo”. (JE)











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