Trabalho com refugiados da Cáritas de São Paulo recebe homenagem
São Paulo (RV) - O trabalho realizado pela Cáritas Arquidiocesana de São Paulo
(CASP) há mais trinta anos em prol de estrangeiros refugiados será homenageado pela
Rede Social Justiça e Direitos Humanos de São Paulo. A homenagem será feita durante
o lançamento do Relatório de Direitos Humanos no Brasil – 2013 nesta terça-feira,
3 de dezembro.
A Rede é uma organização não-governamental que atua há 14 anos
no Brasil e no exterior, denunciando as violações de direitos humanos no Brasil e
também reconhecendo as ações de destaque realizadas por pessoas e entidades na defesa
da dignidade humana.
Brasileiros e estrangeiros, acadêmicos, religiosos, militantes
e artistas integram os Conselhos da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.
No
ano de 2013, a Rede optou por dar destaque à situação dos refugiados no Brasil – cujo
número tem sofrido um forte crescimento nos últimos três anos: de 310 e 660 novas
solicitações de refúgio registradas em São Paulo nos anos de 2010 e 2011, cerca de
1800 novos pedidos foram cadastrados no ano de 2012 e outros 2650 foram recebidos
até outubro de 2013, também no estado de São Paulo (a grande maioria na Capital).
São
Paulo é hoje a região que abriga cerca de 50% dos refugiados e solicitantes de refúgio
que se encontram no Brasil.
Neste contexto, a Rede Social de Justiça e Direitos
Humanos homenageará o trabalho realizado pela CASP, através de seu Centro de Acolhida
para Refugiados.
A iniciativa deste trabalho foi de Dom Paulo Evaristo Arns,
ainda no período da Ditadura Militar.
Desde então, a CASP tem ocupado um espaço
de destaque na sugestão e controle das políticas públicas para refugiados e solicitantes
de refúgio, mantendo também um serviço de atendimento social, psicológico e jurídico
aos estrangeiros.
A manutenção de convênios e parcerias com muitas entidades
é uma realidade marcante nos dias de hoje, em que a entidade acompanha o processo
de quase 5000 mil estrangeiros, recebendo cerca de 80 pessoas por dia para atendimento,
além de uma média de 50 novas solicitações de refúgio por semana.
A equipe
do Centro de Acolhida para Refugiados é formada por profissionais, remunerados ou
voluntários, os quais são coordenados pela assistente social Maria Cristina Morelli,
que representará a entidade no dia da homenagem realizada pela Rede. (BF/Cáritas
Arquidiocesana de SP)