Rolando Marranci, nomeado novo Director Geral do IOR
O Concelho de Superintendência do Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais
conhecido por Banco do Vaticano, nomeou Rolando Marranci Director Geral da Banca,
cargo que entra em vigor a partir deste dia 30 de Novembro de 2013.
A promoção
de Rolando Marranci, que era desde 1 de Julho passado Vice-Director Geral, foi aprovado
pela Comissão Cardinalícia.
“Nos últimos três meses, Rolando Marranci demonstrou-se
um Vice-Director particularmente eficiente. Estamos felizes que tenha aceite o novo
encargo – afirma num comunicado do IOR, Ernst von Freyberg, Presidente do Conselho
de Superintendência, que desde 1 de Julho, actuava como Director Geral interino.
Italiano,
Rolando Marranci trabalhou de 1980 a 2011 na Banca Nacional do Trabalho (BNL), desempenhando
diversos cargos na Direcção.
O IOR foi fundado a 27 de Junho de 1942 por decreto
papal com o objectivo de servir em todo o mundo a Santa Sé e os seus clientes ligados
à Igreja católica. As suas origens remontam à “Comissão ad pias causas” fundada em
1887 pelo Papa Leão XIII.
O escopo do IOR é estabelecido pelo seu Estatuto,
modificado pelo Papa João Paulo II em 1990, e pelas normas que se lhe seguiram. A
Banca tem a tarefa de “prover à custódia e à administração dos bens transferidos
ou confiados ao mesmo Instituto por pessoas físicas ou jurídicas e destinadas a obras
de religião e de caridade. O Instituto pode aceitar depósitos de bens por parte de
entidades e pessoas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano” – prossegue o comunicado.
O IOR empenha-se em servir a missão global da Igreja Católica protegendo e
valorizando o património e assegurando serviços de pagamento no mundo inteiro à Santa
Sé, às entidades a ela ligadas, às ordens religiosas, às outras instituições católicas,
ao clero, aos empregados da Santa Sé e ao corpo diplomático acreditado junto da Santa
Sé.
A 31 de Dezembro de 2012, o IOR tinha sob a sua protecção bens de clientes
num total de 6,3 mil milhões de euros e um património neto de 769 milhões de euros.
O IOR tem sede exclusivamente no território soberano da Cidade do Vaticano,
e está sujeito à vigilância e à regulamentação da “Autoridade de Informação Financeira”
(AIF), organismo de controlo financeiro do Estado da Cidade do Vaticano.
A
24 de Junho de 2013, o Papa Francisco nomeou uma Comissão Pontifícia encarregada de
formular propostas sobre o futuro do Instituto – conclui o comunicado.