Audiência papal aos greco-melquitas: apelo pela Síria e pela unidade dos cristãos
Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu em audiências sucessivas, na
manhã deste sábado (30), no Vaticano, o Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação
para os Bispos; na Sala Clementina, uma peregrinação de cerca 300 fiéis da Igreja
Greco-melquita; e na Sala do Consistório, 55 crianças doentes de câncer e leucemia,
provenientes de Wroclaw, Polônia.
Nesta tarde, o Bispo de Roma preside às Primeiras
Vésperas com os Universitários, em preparação ao Primeiro Domingo de Advento (1° de
dezembro). A celebração, organizada pelo Setor da Pastoral Universitária do Vicariato
de Roma, é iniciada pelo Cardeal Agostino Vallini, Vigário do Papa para a Diocese
de Roma.
O Cardeal Vallini guia a oração preparatória e acolhe o ícone de Nossa
Senhora “Sedes Sapientiae” (Sede da Sabedoria), padroeira dos estudantes universitários,
e a renovação da profissão de fé de jovens Crismandos.
A seguir, o Santo Padre
desce à Basílica Vaticana para presidir à recitação das Primeiras Vésperas com os
Universitários. Ao término da celebração, uma delegação de universitários brasileiros
vai passar o ícone de Nossa Senhora, depois de um ano de custódia, à delegação de
universitários franceses. (MT)
Cidade do Vaticano (RV) – O Santo
Padre recebeu, na manhã deste sábado (30), na Sala Clementina, no Vaticano, uma peregrinação
de cerca de 300 fiéis Greco-melquitas de Antioquia.
Em sua saudação, o Papa
agradece aos fiéis presentes pela visita ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo como
“testemunhas das origens apostólicas da nossa fé”. Desde então, recordou-lhes, a alegria
do Evangelho, que continua a iluminar a humanidade e, com ela, caminha, apesar das
numerosas provações pelas quais passa na história até os nossos dias.
A seguir,
o Pontífice dirigiu seu pensamento “aos irmãos e irmãs da Síria, que, há tanto tempo,
passam por uma grande tribulação”, e reza por aqueles que perderam a vida e pelos
seus entes queridos. “Que o Senhor enxugue as lágrimas destes seus filhos”, diz o
Papa, que confirma “a solidariedade de toda a Igreja, para confortá-los na angústia
e livrá-los do desespero”. E, acreditando firmemente na força da oração e da reconciliação,
exortou:
“Renovamos o nosso premente apelo aos Responsáveis, para que cessem
todo tipo de violência e, mediante o diálogo, encontrem soluções justas e duradouras
para um conflito que já causou tantos danos. Exorto, de modo particular, para que
reine o devido respeito entre as várias confissões religiosas, para garantir a todos
um futuro baseado nos direitos inalienáveis da pessoa, inclusive a liberdade religiosa.
A Igreja Greco-melquita sempre soube conviver pacificamente com outras religiões e
é chamada a desenvolver um papel fraterno no Oriente Médio”.
O Bispo de
Roma disse ainda aos fiéis de Antioquia que “não se resigna a pensar em um Oriente
Médio sem a presença de cristãos. Com efeito, acrescentou, muitos de seus irmãos e
irmãs são emigrantes e fazem parte da comunidade da diáspora:
“Encorajo-os
a manter firmes as raízes humanas e espirituais da tradição melquita, custodiando,
em todos os lugares, a identidade Greco-católica, porque toda a Igreja precisa do
patrimônio do Oriente cristão, do qual também são herdeiros. Vocês são sinais visíveis
para todos os nossos irmãos da tão desejada comunhão com o Sucessor de Pedro”. Neste
sentido, o Papa Francisco dirige seu pensamento ao Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu
I, e às Igrejas Ortodoxas, pela festa de Santo André Apóstolo, irmão de São Pedro,
Patrono do Patriarcado Ecumênico:
“Peçamos ao Senhor que nos ajude a prosseguir
na caminhada ecumênica, fiéis aos princípios do Concílio Ecumênico Vaticano II. Que
Ele nos ajude sempre a sermos cooperadores da evangelização, cultivando a sensibilidade
ecumênica e inter-religiosa. Isso só é possível graças à unidade, à qual são chamados
os discípulos de Cristo; a unidade exige sempre a conversão por parte de todos”.
O
Papa concluiu seu discurso aos peregrinos Greco-melquitas dizendo que “acompanha o
esforço do Patriarca Ecumênico e dos Bispos, como também dos sacerdotes, religiosos,
religiosas, e os fiéis leigos, a fim de que possam contribuir para a edificação do
Corpo de Cristo.
O Santo Padre se despediu dos fiéis de Antioquia, citando
a invocação da tradição bizantina a Santo André: “Tu, que entre os Apóstolos, foste
chamado por primeiro, como irmão do Corifeu, implora do Senhor onipotente a paz para
o mundo e a grande misericórdia para as nossas almas”! (MT)