"A alegria do Evangelho": a análise dos especialistas
Cidade do Vaticano (RV) – A Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho” (Evangelii
gaudium) representa uma “Magna Carta” para a Igreja de hoje. É a opinião do cotidiano
da Santa Sé, L’Osservatore Romano, no editorial assinado pelo diretor, Giovanni Maria
Vian.
“É um documento excepcional porque nasce do coração do bispo de Roma,
fruto de uma experiência na linha de frente e de sua longa reflexão sobre a urgência
de anunciar o Evangelho no mundo de hoje”. “O conteúdo e o estilo são inconfundivelmente
do Papa Francisco”. “Seu objetivo é ajudar a delinear um determinado estilo de evangelização
que a Igreja inteira deve assumir: abrir-se para anunciar o Evangelho, acompanhando
a humanidade de hoje em todos os seus processos, por mais duros e longos que sejam”.
Por outro lado, John Allen Jr, estadunidense, um dos mais respeitados ‘vaticanistas’
atuais, a “Alegria do Evangelho” é um “I have a dream” (Eu tenho um sonho) de Francisco.
“Os sonhos podem ser coisas poderosos, especialmente se articulados por líderes
com a capacidade real de transformá-los em ação. É o caso do discurso pronunciado
há 50 anos, o famoso “I have a dream” de Martin Luther King, e que parece ser a ambição
da audaz Exortação do Papa Francisco”, explica o correspondente do National Catholic
Reporter, da CNN e da Rádio Pública Nacional.
“O documento de 224 páginas
publicado terça-feira, 26, é uma visão do tipo de comunidade que Francisco gostaria
que o catolicismo fosse: mais missionária, mais misericordiosa e com a coragem de
mudar”, opina Allen. (CM)