2013-11-23 12:34:39

Papa adverte: "Atletas não podem ser mercadorias"


Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã de sábado, 23, o Papa deixou a sua residência, na Casa Santa Marta, e recebeu na Sala Clementina do Palácio Apostólico, um grupo de delegados dos Comitês Olímpicos Europeus.

Dirigindo-se a eles, Francisco enalteceu a prática esportiva, que “estimula a uma saudável superação de si mesmos e dos egoísmos, treina ao espírito de sacrifício e favorece a lealdade nas relações internacionais, a amizade e o respeito das regras”

O Papa ressaltou a capacidade de o esporte unir as pessoas, favorecendo o diálogo e o acolhimento: “uma grande riqueza!”, exclamou, explicando que isto é possível porque a linguagem esportiva é universal, pois ultrapassa confins, línguas, raças, religiões e ideologias.

“É típico da atividade esportiva unir e não dividir! Os cinco anéis do símbolo dos Jogos Olímpicos representam o espírito de fraternidade que deve caracterizar o evento e as competições esportivas em geral”.

Em seguida, o Pontífice alertou: “Quando o esporte é visto unicamente com critérios econômicos ou da ‘vitória a qualquer custo’, corre-se o risco de reduzir os atletas a simples mercadorias com as quais lucrar. Os próprios atletas entram num mecanismo que os engole; perdem o real sentido de sua atividade, a alegria de jogar que os atraiu na juventude e que os levou a fazer tantos sacrifícios e a se tornarem campeões. O esporte é harmonia, mas quando se transforma numa corrida desmedida pelo dinheiro e o sucesso, tal harmonia se rompe”.

O Papa chamou a atenção dos dirigentes olímpicos para seu dever de favorecer a função educativa do esporte. “É preciso formar atletas animados pela retidão, pelo rigor moral e a responsabilidade”, frisou.

O encontro terminou com a benção do Papa ao trabalho, às famílias e a todos os atletas que participarão dos Jogos.








All the contents on this site are copyrighted ©.