Jales (RV) - Estamos vivendo os últimos dias do “Ano da Fé”. Ele teve seu início
em 11 de outubro de 2012, lançado pelo Papa Bento 16 e termina, oficialmente, neste
domingo de Cristo Rei, quando se conclui também o ano litúrgico, já sob o pontificado
do Papa Francisco.
Estas duas datas trazem uma evidente sinalização, de inserir
daqui por diante o “Ano da Fé”, na normalidade do calendário, a ser vivido cada ano.
A
data inicial, 11 de outubro, ligada a um fato histórico, os 50 anos da abertura do
Concílio. O seu encerramento neste dia 24 de novembro, no final do calendário litúrgico.
Foi uma iniciativa ligada a uma data vinculada a acontecimentos, que a história
registra: 11 de outubro, dia em que, há 50 anos, o Papa João 23 abria solenemente
o Concílio Vaticano II.
O fato do Ano da Fé se concluir no final do Ano Litúrgico,
parece conter uma clara insinuação de que o clima de fé, suscitado pelo Ano da Fé,
se insere daqui por diante na caminhada normal da Igreja.
Isto é, o Ano da
Fé se conclui. Mas as verdades da fé continuam fazendo parte das motivações profundas
que devem sustentar a caminhada da Igreja.
A atitude de fé é a primeira e a
mais fundamental, para sermos associados aos planos de salvação que Deus tem por nós.
Daí
a importância de mantermos acesa a chama da fé, para a própria Igreja, e para quem
ela leva esta Boa Nova da Salvação em Cristo, o Filho de Deus encarnado, em quem
pela fé reconhecemos a presença do próprio Deus que veio nos propor a reconciliação
e a salvação.
Há um fato histórico que merece destaque. Pela segunda vez, em
nosso tempo, a Igreja propôs um “Ano da Fé”. Na primeira vez foi convocado por Paulo
VI, logo depois do Concílio, em 1967. A segunda vez nos 50 anos da abertura do Concílio.
Não há dúvida que nesta insistência está contida uma advertência: o fato eclesial
mais consistente de nosso tempo continua sendo o Concílio. Como falou o Papa João
Paulo II, “o Concilio continua sendo a bússola a guiar a Igreja em nosso tempo”
Deste
“Ano da Fé” ficam algumas lembranças que não esqueceremos tão cedo. O Ano da Fé inspirou
a Novena de Natal de 2012: “O Natal no Ano da Fé”. Inspirou também a valorização do
“Credo do Povo de Deus”, do Papa Paulo VI em nossa novena de Pentecostes deste ano.
E por fim, motivou a romaria que destacou as verdades a respeito da Igreja de Cristo,
como Una, Santa, Católica e Apostólica.