Roma (RV) - É ainda muito grave a emergência nas Filipinas, onde, de acordo
com a última estimativa do governo, o tufão Hayan atingiu pelo menos 10 milhões de
pessoas, causando a morte de 4 mil delas. Pelo menos 400 mil pessoas perderam suas
casas e se encontram agora alojadas em centros de abrigos e mais de 4 milhões, ao
invés, encontraram refúgios nas casas de amigos e parentes.
Entre os testemunhos
que chegam à agência Fides, está o da religiosa das Missionárias da Esperança, de
Cebu, Irmã Maria Joaquim, que conta como a Igreja toda se mobilizou e como é reconfortante
ver tantos atos de solidariedade. Ao mesmo tempo, no entanto, denunciou o desperdício
dos “veículos de emergência carregados com ajudas distribuídas apenas a metade” e
a difícil situação de alguns lugares, como nos arredores de Tacloban, onde vivem pelo
menos 9.500 famílias que continuam isoladas.
De acordo com a religiosa, que
convida todos a rezarem pela população filipina, “é necessário valorizar ainda mais
a presença das congregações religiosas masculinas e femininas que vivem nas áreas
onde se registram as emergências. “Creio, - afirma -, que principalmente os religiosos,
com seu voto de pobreza, e sua dedicação a Cristo, conseguiriam chegar de forma mais
eficaz aos mais necessitados e os ajudariam a enfrentar as muitas dificuldades”.
Um
exemplo positivo do que foi expresso pela religiosa está se verificando em algumas
áreas remotas, como a cidade de San Remigio, na ilha de Bantayan, onde uma delegação
da Comunidade de Santo Egídio, proveniente de Hong Kong, junto com alguns membros
que residem em Cebu, levou três caminhões carregados de alimentos e água potável que
foram entregues ao pároco local.
“O que impressiona - disse à Fides Pe. Paolo
Cristiano, sacerdote da Comunidade de Santo Egídio, que acompanha as realidades asiáticas
– são a dignidade e a compostura do povo filipino em enfrentar esse drama”. Em San
Remigio entre os cerca de 11.500 habitantes, 90% ficou sem casa, e a igreja de São
João Nepomuceno ficou destruída. “Nosso objetivo é dar um sinal tangível de solidariedade
- disse o sacerdote -, mas também é necessário dar apoio através da oração”. (SP)