Card. Comastri: "O Papa extirpará os ramos secos da Igreja"
Cidade do Vaticano (RV) - "A Igreja sempre tem necessidade de reformas e o
Papa é um homem decidido, firme e seguramente cortará os ramos secos, disto não se
tem dúvidas porque ele o quer, o deseja e é também urgente fazê-lo". Foi o que afirmou
o Cardeal Angelo Comastri, Arcipreste da Basílica de São Pedro e Vigário do Pontífice
para a Cidade do Vaticano, que junto com a Livraria Editora Vaticana (LEV) e a Elledici,
lançou nesta quinta-feira (21), em Roma, a coletânea de homilias "Uma boa notícia
para ti".
Já se difundiu e também é partilhada a sensação de que, sob o Pontificado
do Papa Francisco, as igrejas estão voltando a ficar cheias. Assim o Cardeal Comastri
interpreta esta renovada atenção para a mensagem da Igreja: "Nós acreditamos na Ressurreição
e claramente acreditamos que o mundo pode mudar, pode ressurgir, porque Cristo ressuscitou
e estou convencido de que não existe outra boa notícia maior do que Jesus Cristo.
Dostoevskij, após a dura experiência na prisão, escreveu a uma amiga onde dizia: 'Eu
tive a experiência da dúvida, mas no final cheguei à conclusão que não existe nada
de mais bonito, de mais perfeito, de mais razoável que Jesus Cristo". E é o que tanta
gente está descobrindo hoje quando se encontra diante do Evangelho conclamado com
tanta simplicidade e com tanta transparência, como está fazendo o Papa Francisco".
Qual
é o segredo de Bergoglio? "O Papa Francisco - sublinha Comastri - é o primeiro bispo
do 'Terceiro Mundo', na história, a tornar-se Papa, então está claro que leva toda
a sua simplicidade, humildade, pobreza e também a carga de experiência de um bispo
que vem do 'Terceiro mundo' é para nós, que vivemos no rico Ocidente, seguramente
um grande dom, poder-se-ia falar em uma verdadeira integração".
Sobre as amplas
reformas iniciadas por Francisco, o Cardeal Comastri observou que "A Igreja sempre
tem a necessidade de reformas e o Papa é um homem decidido, firme, e seguramente cortará
os ramos secos, acrescentando que a reforma da Igreja é um fenômeno constante. Desde
quando a Igreja saiu do Cenáculo - explicou - não faz outra coisa que reformar-se,
porque somos desproporcionais ao Evangelho, somos todos inferiores ao Evangelho, então
é claro que devemos continuamente retomar o passo, e isto significa reformar-se continuamente".
(JE)