Ano Internacional da Agricultura Familiar – declarações de Vincenzo Conso, sec.geral
da Associação Católica Rural Internacional
Tem início nesta
sexta-feira (dia 22) o Ano Internacional da Agricultura Familiar sob o alto patrocínio
das Nações Unidas. O Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira sublinhou
os enormes benefícios que a família dá ao crescimento económico, social, cultural
e moral da inteira comunidade humana. Sobre os problemas e as expectativas das
famílias e das comunidades rurais, que inspiraram esta iniciativa, a nossa colega
da redação italiana Cecilia Sabelli entrevistou Vincenzo Conso, secretário-geral da
ICRA, a Associação Católica Rural Internacional:
“A agricultura familiar poderia
ajudar a aumentar a produção agrícola de maneira sustentável. Portanto, neste sentido
poderia produzir mais comida e mais trabalho, levando-o e criando-o onde há mais necessidade:
entre as populações e as áreas atingidas pela insegurança alimentar e naquelas áreas
rurais e periurbanas mais maduras da economia, onde é preciso regenerar relações e
a sociabilidade da vida económica.”
“Os problemas são diferentes segundo as
várias áreas do planeta. Há, por exemplo, os problemas de acesso ao crédito, de favorecer
a instrução na família rural; há o problema da distribuição dos produtos, porque em
alguns países as famílias rurais são penalizadas também na comercialização e há o
problema de cooperar e constituir consórcios. Finalmente, há o problema geral da formação,
sobretudo na África e na Ásia onde é necessário mudar a mentalidade.”
“Para
nós é uma ocasião extraordinária porque a agricultura familiar é o sujeito central
da experiência concreta da nossa realidade.Pensamos de repropôr no centro de tudo
a reflexão sobre a família. Nisto nos ajudará também o próximo Sínodo que, nem por
acaso, vai ser em 2014. Queremos tentar fazer emergir a centralidade da famíia também
neste setor, no qual foi sempre anunciadora de valores essenciais como a solidariedade
e a moralidade.” (RS)