Os Franciscanos em Moçambique repudiam a instabilidade política no País
Os Frades
Menores Franciscanos de Moçambique em comunicado emitido esta semana, manifestaram
o seu repúdio em relação à violência e confrontos armados que se têm registado no
País, nos últimos tempos. Trata-se de ataques armados envolvendo agentes do exército
governamental e supostos homens armados da Renamo, cujo palco principal é a província
de Sofala, centro de Moçambique. Em entrevista à Rádio Vaticano em Maputo, o Frei
Evódio João, Superior dos Frades Menores Franciscanos em Moçambique, disse que a atual
situação político-militar no País, está a destruir e a desintegrar muitas famílias,
há muitas pessoas, sobretudo no centro do país, que temendo os cenários de guerra
vividos naquela região, abandonam as suas residências, para se fixarem em lugares
relativamente seguros, um sinal claro de que o País está em guerra. O Custódio
da Santa Clara de Assis de Moçambique, afirma no seu comunicado, que os Franciscanos
apelam a todo o povo moçambicano a renunciar qualquer acto que configure violência,
os Franciscanos afirmam ainda que a exclusão no seio de um povo é uma das formas de
violência, daí que apelam aos dirigentes políticos a não pautarem pela exclusão. Entretanto,
no seu comunicado, os Frades Menores Franciscanos de Moçambique apelam aos dirigentes
dos partidos Frelimo, no poder e da Renamo, o maior da oposição neste país para enveredarem
por um diálogo que seja conclusivo e que não pautem pela violência para resolverem
os seus problemas ou diferendos. Os franciscanos dizem a dado momento no seu ofício
que a paz que o povo moçambicano anseia não se reconcilia com o espírito de ira,
de desconfiança e de sentimentos negativos. Refira-se que a Ordem dos Frades
Menores Franciscanos em Moçambique existe desde 1898 e tem representações nas dioceses
de Inhambane, Xai-xai, Chimoio e Beira. Moçambique conta actualmente com dois Bispos
Franciscanos, trata-se de Dom Adriano Langa e Dom Hilário da Cruz, das dioceses de
Inhambane e Quelimane, respectivamente. De Maputo, Hermínio José Leia o texto integral
da “Carta Aberta” no sector das Mensagens, Homilias e Documentos deste site