2013-11-19 10:41:59

Igrejas se pronunciam sobre mudanças climáticas na Cop19


Varsóvia (RV) – Orações, apelos às autoridades e jejum em prol de todos os povos atingidos por eventos climáticos extremos: com estes gestos, as comunidades cristãs acompanham os trabalhos da 19ª conferência das Nações Unidas (Cop 19) sobre mudanças climáticas, em andamento em Varsóvia. Espera-se que deste encontro surja um novo acordo mundial para a redução dos gases que produzem o chamado ‘efeito serra’.

O Patriarca ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu, enviou sua mensagem aos delegados de 195 países que participam do evento: “Os cidadãos de todo o mundo estão esperando e rezando por resultados rápidos e práticos”, vista “a urgência de enfrentar imediatamente a preocupante e crescente tendência das mudanças climáticas e a necessidade de evitar seus efeitos catastróficos”.

O Patriarca, sempre sensível às questões ambientais, escreve ainda que “estamos diante de uma escolha e o tempo de fazê-la é agora”.

Já na mensagem para a Páscoa de 2011, Bartolomeu havia afirmado que “a natureza se rebela quando a arrogância humana tenta dominar as imensas forças do Criador”.

A delegação da Federação Mundial Luterana, presente na conferência, também se manifestou promovendo um jejum como sinal de solidariedade com todas as populações atingidas por eventos climáticos extremos. A esta iniciativa aderiram também os representantes do Conselho Mundial das Igrejas (CMI) e de outras comunidades religiosas.

O apelo comum é para que a comunidade internacional não fique indiferente e encontre soluções imediatas para contrastar as mudanças climáticas de modo significativo.

Representantes cristãos propuseram testemunhos e reflexões sobre os efeitos das mudanças climáticas em várias áreas do planeta, como secas em Angola e Namíbia, inundações na Índia, furacões dos EUA e no Sudeste asiático.

A preocupação das Igrejas cristãs se concentra sobretudo nas populações mais pobres, que mais sofrem as consequências de cataclismos. Na recente Assembleia do CMI em Busan, na Coreia do Sul, foi evidenciado que diante de “desafios econômicos, ecológicos, sócio-políticos e espirituais, é preciso deixar que a luz de Cristo transforme o nosso ser e zele por toda a Criação, reafirmando que todos os seres humanos são criados à imagem de Deus”.
(CM)








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