2013-11-18 19:13:39

Cardeal Tauran: "O diálogo inter-religioso torna o mundo mais seguro e iluminado"


Viena (RV) - "Vivemos num mundo em contínua mudança e cada vez mais provisório. Não é possível viver sem se relacionar com os outros, sem partilhar com as pessoas suas alegrias e esperanças, angústias e tristezas."

Estas palavras foram proferidas pelo Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, na Conferência do Kaiciid, Centro Internacional para o Diálogo Inter-religioso e Intercultural, que teve início nesta segunda-feira, em Viena, Áustria, e se encerra nesta terça. O centro, fundado por Arábia Saudita, Áustria e Espanha, tem a Santa Sé como organismo observador-fundador.

Em seu discurso, o purpurado frisou que "o diálogo inter-religioso nos convida a não dar uma imagem negativa das outras religiões nas escolas, universidades, nos meios de comunicação e discursos religiosos. O diálogo inter-religioso nos ensina a não menosprezar as convicções religiosas dos outros, especialmente na sua ausência, e a considerar a diversidade em todos os seus aspectos como uma riqueza e não uma ameaça."

Ainda segundo o Cardeal Tauran, "o diálogo inter-religioso nos impulsiona a ouvir e a conhecer melhor o outro, a pensar antes de julgar e apresentar o conteúdo de nossa fé e nossas razões a fim de viver com respeito e harmonia. O diálogo inter-religioso pode contribuir a devolver a Deus o lugar que Ele merece, pode inspirar fraternidade, dar sabedoria e coragem para agir. No centro de nossa preocupação está a pessoa humana, homens e mulheres. Eles são o objeto de atenção dos líderes políticos e religiosos."

O Cardeal Tauran acredita que uma das tarefas do Kaiciid é ser promotor da inteligência do coração, ou seja, "o que nos inspira a respeitar tudo o que Deus faz em cada ser humano e o mistério que cada ser humano representa".

"As religiões não devem gerar medo e atitudes de superioridade ou exclusão. O Kaiciid pode se tornar um espaço para se conhecer melhor e partilhar as próprias capacidades a fim de tornar este mundo mais seguro e iluminado, onde se possa viver o espírito da fraternidade muitas vezes indicada pelo Papa Francisco", concluiu o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. (MJ)







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