Os cristãos estão em fuga do Médio Oriente – as declarações da jornalista Marcela
Emiliani
A vida dos
cristãos no Médio Oriente é cada vez mais difícil. Eles são coptas no Egipto, maronitas
no Líbano e caldeus no Iraque, mas são cada vez menos os que ficam. As primaveras
árabes parecem estar a fazer intensificar surtos migratórios de abandono dos cristãos
das suas terras de origem. São, quase diariamente, alvo de agressões e marginalização.
A nossa colega do programa italiano da Rádio Vaticano Giada Aquilino, ouviu a jornalista
Marcela Emiliani, especialista em assuntos do Médio Oriente, a propósito de um documentário
que realizou e que foi transmitido recentemente em Itália pelo canal Rai Storia sobre
as antigas comunidades cristãs naquela região atualmente em grande convulsão. Ouçamos
as suas declarações: “Pensemos que a catedral copta no Cairo, a Catedral
de S. Marcos, as igrejas mais importantes de Bagdad, o Mosteiro de Santa Catarina
no Sinai foram todos atacados este ano não duas ou três mas cinco vezes. O Mosteiro
de Santa Catarina, atacado em Agosto, foi obrigado a fechar. Mas de tudo isto não
se fala. E não se percebe porque não se fala. Isto é uma coisa que atinge profundamente
as raízes da cultura universal.” Estas comunidades são profundamente determinadas
e têm atitudes de grande tenacidade em defesa da sua própria identidade num clima
que Marcela Emiliani considera ser de guerra de trincheira: “O cristianismo
no Médio Oriente está em trincheira: este alarme deve ser lançado porque estas comunidades
para não serem exterminadas e salvarem-se emigram. Por exemplo, metade da comunidade
caldeia iraquiana emigrou para a Europa e Estados Unidos.” (RS)