Tragédia nas Filipinas – prioridade: ajudar os sobreviventes evitando epidemias
Nas Filipinas
estão já a chegar em força as ajudas internacionais de comida e medicamentos procurando
responder à crise humanitária resultante da passagem do supertufão Haiyan pelo
arquipélago. O risco de epidemias é grande e procura-se agora correr contra o tempo
na ajuda aos sobreviventes. Seis dias depois da tempestade, o movimento para as
províncias centrais do país – onde a devastação é quase total – começou finalmente
a aumentar, com centenas de meios e equipas internacionais que esperavam luz verde
para chegar à região. Até agora, os seus esforços foram travados pelo mau tempo, o
corte das telecomunicações e a destruição das infra-estruturas. Entretanto, pelo
menos oito pessoas morreram esmagadas quando uma multidão desesperada se lançou ao
assalto de um armazém governamental usado para guardar arroz em Alangalang, na província
de Leyte – a correria provocou o colapso de um muro. Noutras localidades, como Palo
e Jaro, verificaram-se motins e saques em armazéns e instalações industriais, com
a população a levar mais de 100 mil sacos de arroz. A informação oficial disponibilizada
pelo Centro de Avaliação e Gestão de Emergências coloca o número de mortes em 2275
e confirma que 80 pessoas estão ainda desaparecidas. Os hospitais já receberam 3665
feridos. Na audiência geral desta quarta-feira o Papa Francisco voltou a recordar
e a rezar pelas vítimas do tufão Hayan nas Filipinas. E afirmou serem estas as batalhas
a combater: pela vida e nunca pela morte! (RS)