Filipinas: ONU fornece alimentos, medicamentos e abrigos
Nova York (RV) – A agência de ajuda humanitária da ONU, Ocha, acredita que
9,8 milhões de pessoas foram afetadas pelo tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas
sexta-feira, 7.
O tufão já é considerado uma das maiores tempestades de todos
os tempos e pelo menos 10 mil pessoas morreram. Segundo o Programa Mundial de Alimentos,
cerca de 400 mil vítimas estão em abrigos.
A reportagem é de Leda Letra, da
Rádio ONU:
Em Genebra,
a porta-voz do Programa Mundial de Alimentos, PAM, Elisabeth Byrs, explicou segunda-feira,
11, que muitos sobreviventes estão em centros de emergência e a prioridade é fornecer
comida, água potável, medicamentos e abrigo a essas pessoas.
Mas alguns desafios
atrapalham as operações das agências da ONU: muitas estradas estão bloqueadas com
entulhos e uma viagem de 11 km está levando até seis horas.
Os caminhões do
PAM tentam entregar aos sobreviventes 44 toneladas de biscoitos energéticos e 2 mil
toneladas de arroz. Já a Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que o tufão destruiu
centros de saúde e os estoques de medicamentos estão muito baixos.
Governo
A
OMS trabalha em conjunto com o governo filipino para ajudar os sobreviventes e já
enviou ao país kits de emergência para cobrir as necessidades básicas de saúde de
120 mil pessoas. Dezenas de especialistas da agência também já voaram para as Filipinas
para fornecer assistência às vítimas.
O tufão, conhecido nas Filipinas como
Yolanda, causou ventos de até 250 km por hora. A OMS destaca que é esperada uma outra
tempestade tropical, que pode atingir o país no final da semana.
Crianças
O
Fundo da ONU para a Infância também está enviando kits de saúde e de higiene e comida
para ajudar 3 mil famílias em áreas afetadas pelo tufão. O Unicef acredita que 4 milhões
de crianças podem ter sido afetadas pelo desastre.
Domingo, o Secretário-Geral
da ONU afirmou estar "extremamente preocupado com o impacto do tufão". Ban Ki-moon
notou ainda que está difícil chegar em algumas comunidades, devido a bloqueios e destruição
em rodovias, aeroportos e portos.
Ban apelou à comunidade internacional a continuar
"mostrando sua solidariedade com o povo das Filipinas. (CM/ONU)