Comunidade Cabo-verdiana em Portugal não gostou e reagiu...
A Comunidade cabo-verdiana radicada em Portugal reagiu à notícia difundida pela imprensa
no país, segundo a qual teria sido um imigrado cabo-verdiano, entretanto falecido,
o responsável pelo rapto e morte de Madeleine Maccann, a criança britânica desaparecida
no Algarve em 2007. Leia em baixo o cumunicado - assinado pela Associação Cabo-verdiana,
pela Federação das Organizações Cabo-verdiana em Portugal e pelo Congresso de Quadros
da Diaspora Cabo-verdiana (com sede em Lisboa) - que enviaram à comunicação social:
"Duas décadas depois de se ter enlameado toda uma comunidade – a cabo-verdiana
– em Portugal quando foi publicado na imprensa portuguesa que “um seu membro tinha
assassinado uma criança em Odivelas para lhe comer os fígados”, facto que foi desmentido
em nota de rodapé de página interior pelo mesmo jornal que lhe tinha dado honra de
primeira página, os cabo-verdianos foram hoje surpreendidos pela notícia que o suspeito
do mediático desaparecimento, em 2007, de Madeleine (Maddie) Maccann da Aldeia da
Luz, no Algarve … é um imigrante cabo-verdiano, entretanto falecido num acidente em
2009. O agora principal suspeito do rapto da então menina de quatro anos
foi, segundo a imprensa portuguesa, preso por furto, mas indultado em 1996 pelo, então,
Presidente Jorge Sampaio tendo assim evitado a pena acessória de expulsão para Cabo
Verde. Reconstruiu a sua vida no Algarve com uma cidadã portuguesa e trabalhou
no Ocean Club, na Praia da Luz, de onde foi despedido antes do desaparecimento de
Maddie. É agora suspeito de “ter raptado e sequestrado Maddie Maccann sem
intenção de matar mas o desenvolvimento mediático internacional do caso tê-lo-á assustado
levando-o a calar a menina”. Os representantes das associações cabo-verdianas
em Portugal sempre defenderam o normal funcionamento da Justiça e sempre defenderam
(e defendem) que os comportamentos desviantes devem ter a correspondente e adequada
punição legal. Denunciam, isso sim, o facto de o referido imigrante não
se poder defender de acusações que, no caso Maddie, poderão, oportunamente, desculpabilizar
e descansar algumas consciências. Constatam que, mais uma vez, a história
se repete: - há um cabo-verdiano suspeito (até quando?) e uma comunidade que se sente,
de novo, enlameada.Lisboa, 1 de Novembro de 2013