Papa no Cemitério Verano de Roma: olhemos com esperança para o ocaso da nossa vida
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu na tarde desta sexta-feira,
na entrada do monumental Cemitério do Verano (principal necrópole de Roma), à santa
missa, na Solenidade de todos os Santos, cuja festa a Igreja no Brasil celebrará no
próximo domingo. Ao término, houve um momento de oração pelos fiéis defuntos, com
a bênção dos túmulos.
Concelebraram com o Pontífice, o Cardeal vigário Agostino
Vallini; o vice-gerente da Diocese de Roma, Dom Filippo Iannone; os bispos auxiliares
e o pároco da antiga Basílica de São Lourenço Fora dos Muros, Pe. Armando Ambrosi.
Na
homilia, o Papa Francisco recordou que neste 1º de novembro, festa de "Todos os Santos"
e vigília da celebração dos fiéis defuntos, é necessário que os cristãos pensem seriamente
no valor da esperança cristã.
Onde estão os nossos antepassados? Onde está
Jesus Cristo crucificado, morto e ressuscitado? Eis as principais perguntas relativas
à esperança cristã para esse dia, disse o Papa.
Hoje, acrescentou, é um dia
de esperança. Os nossos irmãos e as nossas irmãs que nos precederam nesta vida, encontram-se
hoje na presença do Senhor pela graça de Jesus Cristo.
A esperança, concluiu
o Santo Padre, não decepciona nunca porque Jesus nunca decepciona a ninguém. E é por
isso que todos nós somos hoje chamados a purificar a nossa visão de esperança em Cristo
Jesus.
Todos caminhamos rumo ao "declínio" da nossa vida terrena: como o aguardamos?
Com a esperança ou com o desespero e tristeza? A esperança jamais decepciona porque
Jesus não decepciona nunca, insistiu o Pontífice. Ao término da celebração houve um
momento de oração pelos fiéis defuntos, com a bênção dos túmulos.
Após a oração
de bênção, o Santo Padre disse querer "rezar de modo especial por estes nossos irmãos
e irmãs que nestes dias morreram buscando uma libertação, uma vida mais digna."
"Vimos
as fotografias, a crueldade do deserto, vimos o mar onde muitos se afogaram. Rezemos
por eles!" – exortou o Papa Francisco, referindo-se tanto aos mortos destes dias no
deserto do Níger, quanto às contínuas mortes no Mediterrâneo.
E rezemos "também
por aqueles que se salvaram e que neste momento se encontram nas várias estruturas
de acolhimento, amontoados, esperando que os trâmites possam logo ser feitos para
poderem ir para outros lugares, mais cômodos, para outros centros de acolhimento",
acrescentou.
Já no Angelus desta sexta-feira, ao meio-dia, na Praça
São Pedro, o Santo Padre os recordara na oração mariana. (RL/FL)