Síria: Jesuítas do Oriente Médio e da Europa condenam mercadores de armas
Roma (RV) - Para compreender e fazer cessar o conflito em andamento na Síria
"é necessário reconhecer e chamar pelo nome os reais interesses em jogo, em nível
local, regional e internacional, que não correspondem com os interesses do povo sírio".
É
o que afirmam os Superiores Provinciais dos Jesuítas do Oriente Médio e da Europa
indicando nessa pista a chave interpretativa da crise síria. Eles estiveram reunidos
em Roma na última sexta-feira, dia 25, para discutir sobre as convulsões que agitam
a região médio-oriental.
No comunicado final, os provinciais jesuítas se detêm,
em particular, sobre o tráfico de armas como fator desencadeador e alimentador das
guerras e das ações terroristas sofridas pelos povos do Oriente Médio.
"Nós
– escrevem os religiosos da Companhia de Jesus referindo-se à situação na Síria –
fazemos um apelo em favor da suspensão do fornecimento e da venda de armas a todas
as partes em conflito".
A mensagem final do encontro detém-se também sobre
a condição das comunidades cristãs autóctones, presentes na Síria desde o alvorecer
do cristianismo. Segundo os jesuítas, não são toleráveis "as soluções que preveem
o exílio dessas comunidades. (RL)