Moçambique – Renamo nega autoria de ataque a civis neste sábado dia 26
A Renamo nega
a autoria do ataque de sábado (dia 26) contra um autocarro de civis na província de
Sofala em Moçambique. O assalto, ainda não reivindicado, fez um morto e três feridos
graves, entre os quais uma criança, segundo a Agência Lusa. De acordo com o jornal
moçambicano A Verdade citado pela edição on line do jornal português Público,
o autocarro viajava na principal estrada que liga o Norte e o Sul do país (Estrada
Nacional nº1), entre a vila de Machanga e o posto administrativo de Muxúnguè, onde
a Renamo atacou um posto da polícia em Abril. E seguia sem escolta militar, apesar
de essa ser uma prática, nos últimos meses, desde o regresso da instabilidade ao centro
de Moçambique. O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, disse aos jornalistas em Maputo
que a Resistência Nacional Moçambicana se “distancia do ataque”. A tensão regressou
a Moçambique há cerca de um ano e intensificou-se nos últimos meses. A semana passada
foi particularmente violenta, com vários ataques, após segunda-feira o Exército moçambicano
ter tomado a base onde se tinha isolado há um ano o líder da Renamo, na Gorongosa,
província de Sofala. Afonso Dhlakama continuava este domingo em parte incerta. O
movimento, que é também o principal partido da oposição, com 51 deputados num Parlamento
de 250, em Maputo, terá ainda algumas centenas ou no máximo mil homens armados. A
própria Renamo avança esses números, mas investigadores e jornalistas não sabem ao
certo quantos homens serão.O jornal A Verdade lembra, na sua edição deste sábado,
que depois do ataque de segunda-feira à base de Dhlakama, o movimento Renamo avisou
não dispor de nenhuma estratégia ou mecanismo para evitar ataques bélicos de homens
armados nas matas. (RS)