Cairo (RV) - Durante o ataque terrorista que no último domingo provocou a morte
de quatro pessoas - incluindo uma menina de 9 anos e uma garota de 12 - e ferindo
18 convidados a um matrimônio copta, os policiais que deveriam tomar conta da igreja
durante a cerimônia estavam ausentes. Isto foi confirmado a fontes da imprensa egípcia
pelo pessoal da igreja, fornecendo novos motivos para intolerância contra as forças
de segurança que já circulam em alguns ambientes cristãos.
Na quarta-feira,
23, os militantes da União Juvenil Maspero - grupo de jovens ativistas expressão da
comunidade copta ortodoxa – cancelaram a manifestação de protesto convocada após o
massacre para não fornecer um pretexto para ações provocatórias fomentadas por “infiltrados”,
mas, ao mesmo tempo, durante os encontros com representantes do Governo, pediram a
remoção do Ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, por sua incapacidade de proteger
os cristãos. Enquanto isso, o Sacerdote copta ortodoxo Thomas Daoud Ibrahim, Pároco
da igreja atingida pelo ataque terrorista, confirmou que entre os feridos há alguns
membros da Irmandade Muçulmana, convidados ao casamento, e que os membros do movimento
islâmico participaram no resgate dos feridos depois do atentado. (SP)