Custódia da Terra Santa lança campanha de solidariedade "Emergência Síria"
Jerusalém (RV) - "A Síria encontra-se numa situação dramática e não pode ser
esquecida": esse é o novo veemente apelo do custódio da Terra Santa, Frei Pierbattista
Pizzaballa, que num vídeo do Serviço de informação religiosa (agência Sir) fala de
"contínua emergência humanitária" no país médio-oriental, onde há mais de dois anos
e meio se combate uma guerra civil que já causou mais de cem mil mortos, dezenas e
dezenas de milhares de feridos e milhões de refugiados.
"O Norte da Síria está
quase totalmente nas mãos dos rebeldes, o Oeste sob controle governamental, o Centro-Sul
está no caos total", afirma Frei Pizzaballa, acrescentando que "a população civil
vive em condições dramáticas, sobretudo os mais vulneráveis, entre os quais os cristãos".
A
esse propósito, o religioso franciscano denuncia as violências que a minoria cristã
está sofrendo:
"As comunidades cristãs que vivem no Norte têm sido inexoravelmente
expulsas, sobretudo, as que se encontram nas zonas onde os grupos fundamentalistas
islâmicos criam emirados."
Para o custódio da Terra Santa, "é importante, portanto,
ajudar a população mediante aqueles que estando no país, como os franciscanos, e não
somente, se prodigalizam na ajuda buscando alimentos, vestimentas, combustível para
calefação e eletricidade".
"A Síria – conclui – não pode ser esquecida bem
como o seu povo, muçulmanos e cristãos. Estes últimos são o cerne de um patrimônio
antiquíssimo que deve permanecer no lugar onde nasceu e por isso não pode desaparecer."
A
Ong da Custódia da Terra Santa "Ats pro Terra Sancta" lançou uma campanha de solidariedade
em favor da Síria, intitulada "Emergência Síria", apoiando-se na presença dos conventos
franciscanos do país, como em Aleppo, Azizieh, Damasco, Lattakiah e Kanyeh, e nos
onze frades ajudados por outros religiosos e leigos.
Desde o início, os franciscanos
criaram quatro Centros de acolhimento, que oferecem dormitório a centenas de pessoas,
e proveem as necessidades primárias de ao menos quatrocentas pessoas todos os dias.
A cada mês cerca de cinquenta famílias são ajudadas a buscar novas moradias. (RL)