Cristãos são os mais perseguidos – ramo britânico da "Ajuda à Igreja que Sofre" publicou
relatório
Os cristãos são
o grupo religioso mais perseguido em todo o mundo e a situação piorou ao longo dos
últimos dois anos. A conclusão é da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, cujo ramo britânico
divulgou nesta quinta-feira, no Parlamento em Londres, um relatório chamado “Perseguidos
e Esquecidos?” que conclui que a situação piorou em 20 dos 30 países avaliados.
O
relatório, apresentado pelo Arcebispo emérito de Cantuária, Rowan Williams, faz a
análise de 30 países considerados de risco para os cristãos e conclui que em dois
terços deles a situação destes piorou muito desde 2011.
A chamada “Primavera
Árabe”, que já foi apelidada de “Inverno dos Cristãos”, é um dos responsáveis apontados
pelo relatório, devido ao aumento do islamismo fundamentalista em países como a Tunísia,
Egipto, Líbia e, mais recentemente, a Síria.
Ser cristão no Médio Oriente
é, portanto, cada vez mais difícil. Mahmoud Abbas, Presidente do Estado da Palestina
esteve nesta quinta-feira no Vaticano com o Papa e pediu mais empenho dos cristãos
para a paz na Palestina.
Contudo, o relatório agora apresentado, além de outros
casos significativos do “inverno cristão” cita, por exemplo, um triste episódio ocorrido
no Egipto onde um rapaz de 17 anos foi instado a tapar uma tatuagem de um crucifixo
no pulso mas, tendo resolvido exibir um outro crucifixo que usava no pescoço, foi
agredido, fugiu e acabou por ser morto. Para tentarmos compreender esta zona do
mundo onde existe uma evidente perseguição aos cristãos, recuperamos aqui as declarações
à Rádio Vaticano em fevereiro deste ano do Padre Samir Khalil Samir, especialista
em assuntos do Médio Oriente e que nos fala, precisamente, sobre a presença dos cristãos
naquela região, o clima social atual, consequências da descristianização e perspetivas
para o futuro próximo… (RS)