2013-10-16 20:28:49

Líbia: Governo pede aos religiosos para deixarem o país


Trípoli (RV) - Insegurança, ameaça a quem ajuda os migrantes, roubo e violência, estão fazendo da Líbia, especialmente a região da Cirenaica, uma terra sem lei, onde os grupos armados fundamentalistas tomaram o lugar da Polícia.

Esta situação é uma ameaça contra a existência da Igreja Católica no país. Em vez de tomar medidas, o Governo prefere convidar os religiosos a fugir.

Recentemente, o Arcebispo de Rabat, Marrocos, Dom Vincent Landel, Presidente da Conferência Episcopal do Norte da África, denunciou a situação da Igreja na Líbia, onde "as autoridades pediram aos religiosos para deixarem o país, por causa do clima de insegurança".

Religiosas, médicos e enfermeiros, a maioria de nacionalidade filipina, trabalha há anos nos hospitais líbios, curando doentes e idosos. Durante a guerra, as clínicas e os hospitais administrados pelos religiosos eram os únicos que funcionavam.

Segundo fontes de AsiaNews, anônimas por razões de segurança, a Líbia está dividida. "Em Benghazi, a Igreja recebe ameaças constantes e agora é quase impossível trabalhar. A situação é perigosa."

No início de 2013 várias ordens abandonaram seus conventos, depois de 40 anos de missão. Agora, a Cirenaica pode ficar sem nenhuma presença católica. Segundo as fontes, a situação está no limite. A única área onde ainda é possível trabalhar é Trípoli.

"A cidade momentaneamente está segura e isso permite às religiosas e associações caritativas de ajudar centenas de migrantes que chegam à cidade todos os dias, à espera de encontrar dinheiro para fugir para a Europa. É preciso trabalhar com muita prudência. Até mesmo em Trípoli giram gangues armadas e se pode confiar em ninguém. Os migrantes se escondem nos conventos e nas casas para não serem assaltados ou mortos", concluem as fontes. (MJ)















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