"Deus nos surpreende, pede fidelidade e é a nossa força", diz Francisco na Jornada
Mariana
Cidade do Vaticano (RV) – Mais de 100 mil fiéis participaram neste domingo,
13, da missa pela Jornada Mariana na Praça São Pedro. Papa Francisco presidiu a cerimônia,
promovida por ocasião do Ano da Fé e com ele, concelebraram mais de mil sacerdotes.
Estava presente a Imagem original de Nossa Senhora de Fátima, que depois do ingresso
do Papa, foi entronizada solenemente do obelisco até o altar.
O Papa focou
sua homilia nas leituras do dia e propôs aos fiéis uma reflexão sobre três realidades:
“Deus surpreende-nos, Deus pede-nos fidelidade, Deus é a nossa força”.
Em
relação à primeira, o Pontífice observou que Deus nos surpreende quando se manifesta
na pobreza, na fraqueza, na humildade e nos dá o seu amor que nos salva, cura e dá
força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança Nele.
“Deus
nos surpreende sempre, rompe os nossos esquemas, põe em crise os nossos projetos e
nos diz: confia em Mim, não tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e segue-Me!”.
Francisco convidou todos a se questionar: “Deixo verdadeiramente Deus entrar na minha
vida?”.
Acerca do segundo ponto, que diz respeito à fidelidade, o Papa
comentou que “infelizmente, isto acontece também com as opções fundamentais, como
a do matrimônio, quando “depois de um ‘sim’ com entusiasmo, nos deixamos abater ao
surgirem os primeiros problemas”. Ao ouvir as palavras de encorajamento do Papa às
famílias, a multidão reagiu com um longo aplauso.
“Deus é sempre fiel
e, com a sua misericórdia, não se cansa de nos estender a mão para nos erguer e encorajar
a retomar o caminho. O caminho definitivo é sempre com o Senhor, mesmo com as nossas
fraquezas: jamais embocar o caminho do provisório, que destrói”. “Sou um cristão intermitente,
ou sou cristão sempre?”, perguntou Francisco.
Sobre a terceira realidade,
Deus é a nossa força, o Papa disse que “é preciso saber agradecer, louvar o
Senhor pelo que faz por nós”. Maria, no cântico Magnificat de louvor e agradecimento
a Deus, agradece não só pelo que fez Nela, mas também por sua ação em toda a história
da Salvação.
“Dizer obrigado parece tão fácil, e todavia, é tão difícil!
Nós quantas vezes dizemos obrigado em família? Quantas vezes dizemos obrigado a quem
nos ajuda, vive perto de nós e nos acompanha na vida? Muitas vezes damos tudo isso
como suposto!. Obrigado é uma das palavras-chave da convivência. “Com licença, obrigado,
desculpas” são as três palavras da convivência e quando são usadas, a família vai
bem”.
Na conclusão da homilia, Francisco convidou a invocar a intercessão
de Maria para que nos ajude a nos deixar surpreender por Deus sem resistências, a
sermos-Lhe fiéis todos os dias, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força.
(CM)