Oslo (RV) – A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) é a vencedora
do Prêmio Nobel da Paz 2013. O anúncio foi feito na manhã de sexta-feira, 11. Segundo
a Academia das Ciências de Oslo, a distinção à OPAQ se deve ao “seu empenho em favor
da eliminação das armas e dos arsenais químicos em vários cenários de guerra em todo
o mundo”.
A OPAQ foi fundada em 1997, em atuação do Tratado de interdição
ao uso de armas químicas, assinado em 1993. 'Trabalha em estreito contato com a ONU
e além de verificar o respeito do Tratado, representa um âmbito de diálogo entre os
países na luta à proliferação. Hoje, tem 189 países-membros. Apenas Angola, Coréia
do Norte, Egito, Israel e Mianmar ainda não aderiram à Organização.
Uma equipe
de especialistas da OPAQ começou no último dia 6 seus trabalhos de inspeção na Síria,
depois que o uso de gases tóxicos contra a população civil na Guerra da Síria quase
provocou a intervenção dos Estados Unidos no conflito. A ação militar só foi evitada
depois que o ditador sírio Bashar Assad aceitou um acordo proposto pela Rússia e que
prevê a destruição de seu arsenal químico. Inspetores da Organização são os responsáveis
de verificação, desmantelamento e destruição das armas químicas e suas instalações
no país.
Segundo a resolução 2117 do Conselho de Segurança das Nações Unidas,
a eliminação do arsenal químico sírio deve acontecer até meados de 2014. Nos últimos
dias, a OPAQ auspiciou o cessar-fogo no para poder visitar com segurança todos os
armazéns e estoques de armas não-convencionais em posse do regime.
O Diretor-Geral
da OPAQ, Ahmet Uzumcu, foi recebido pelo Papa Francisco, no Vaticano, em 27 de setembro
de 2013. (CM)