2013-10-05 10:03:54

A entrevista ao Papa Francisco foi uma verdadeira experiência espiritual - Padre Antonio Spadaro em Fátima, onde falou sobre “pensar o cristianismo no tempo da rede”


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O P. António Spadaro, diretor da Revista “Civiltà Cattolica”, professor na Universidade Gregoriana e conhecido especialista em comunicação digital, esteve no dia 4 de Outubro em Fátima para uma conferência no âmbito das Jornadas de Comunicação Social, subordinadas ao tema “Comunicar no ambiente digital”.
A comunicação do P. Spadaro foi sobre “Pensar o Cristianismo no tempo da rede”, tendo deixado bem claro que a internet e as redes sociais não são um instrumento mas um ambiente de experiências onde a Igreja deverá superar a lógica do púlpito, citando o Mons. Celli, e mergulhar na partilha da vida. Recusando existir uma vida real e outra virtual, pois ela é uma só, considerou que o ser humano já não utiliza instrumentos de pesquisa ou de procura mas quer estar ligado à rede e na posse de toda a informação. Desta forma, o P. Spadaro preconizou ser fundamental a assunção de uma lógica de testemunho na comunicação digital, em ordem a respondermos ao grande desafio do ser humano que é o discernimento, também no encontro com Deus.
Quem muito tem colaborado para este novo ambiente de pensar o cristianismo é o Papa Francisco, que o P. Spadaro entrevistou recentemente (foto). A este acontecimento se referiu numa improvisada conferência de imprensa na manhã do dia 4. E começou por revelar que a ideia da realização da entrevista afinal foi decidida em Portugal durante uma reunião dos diretores das revistas dos jesuítas, sendo ele, P. Spadaro o encarregado de fazer o primeiro contacto…
Essa entrevista o P. Spadaro recorda-a, sobretudo, como um momento de diálogo e mais do que isso uma verdadeira experiência espiritual.
O P. Spadaro não foi recebido pelo Papa como se estivesse numa sala de espera, mas sim no seu quarto na Casa de Santa Marta num ambiente de grande simplicidade.

O P. António Spadaro revelou ainda que se sentiu sempre imerso num diálogo em que, sabia que estava a falar com o Papa munido da sua autoridade, mas nunca se sentiu colocado à distância, muito pelo contrário, sentiu-se sempre num clima de grande disponibilidade, naturalidade e normalidade. (RS)

Rui Saraiva, em Fátima, para a Rádio Vaticano








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