2013-10-01 15:10:01

Papa reunido com Conselho de Cardeais consultores. Informações de P. Lombardi


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Decorre no Vaticano desde esta terça de manhã e até à próxima quinta-feira o primeiro encontro do Papa (foto) com o Conselho de oito cardeais por ele nomeados em abril passado com a missão de o coadjuvarem no governo da Igreja e no projeto de reforma da Cúria Romana.

Sobre a importância desta reunião, o director da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, encontrou-se ontem com os jornalistas, começando por lhes ler o documento (Quirógrafo) ontem mesmo divulgado (ver texto integral em foco) com o qual o Pontífice especifica o papel e as funções dos 8 cardeais. Em primeiro lugar, o grupo se chamará Conselho e ressalta-se que é fruto das sugestões apresentadas nas Congregações Gerais antes do último Conclave.
Com o documento estabelece-se formalmente que o Conselho de cardeais ajudará o Papa "no governo da Igreja" e "no estudo de um projetco de revisão da Constituição apostólica Pastor Bonus sobre a Cúria Romana".

Pe. Lombardi deteve-se sobre o novo método de governo querido pelo Papa Francisco: "Um modo com o qual talvez se possa definir esse Conselho é 'um ulterior instrumento que enriquece o governo da Igreja com uma nova modalidade de consulta': portanto, um enriquecimento dos instrumentos já disponíveis ao Santo Padre para o governo da Igreja mediante a consulta, a ajuda que se pode ter consultando."

O quirógrafo evidencia que o Conselho pode ser alterado em seu número de componentes, quer ser uma ulterior expressão da comunhão episcopal e do auxílio ao munus petrinum, ao governo do Sucessor de Pedro. O porta-voz vaticano especificou quais são as duas palavras-chave para enquadrar essa passagem do quirógrafo: sinodalidade e discernimento.
"As palavras-chave para pensar nesse método de governo que o Papa está configurando creio que sejam o carácter sinodal, a ideia do caminhar juntos: uma Igreja que caminha junto em seus diversos componentes e o Papa se coloca em caminho com essa Igreja; e depois também o discernimento, que é a busca da vontade de Deus mediante uma consulta frequente e paciente."

Na preparação deste encontro do Conselho de cardeais foram recebidas sugestões e propostas de todo o mundo, para além do contributo dos vários órgãos da Cúria Romana. Ao todo, disse Pe. Lombardi, trata-se de uns oitenta documentos, dos quais o secretário do Conselho, Dom Marcello Semeraro, preparou um síntese.

Os trabalhos decorrem na Biblioteca privada do apartamento papal.Os oito cardeais estão hospedados na Casa Santa Marta. O Papa participa em todas as reuniões, de manhã e de tarde, excepto quarta-feira de manhã por causa da audiência geral.

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o sacerdote jesuíta quis especificar que com esse Conselho o Papa Francisco não introduz um governo colegial:
"O Papa não está de modo algum condicionado. Para dizer que é um governo colegial precisaria dizer que o Papa 'deve' consultá-lo, 'deve' reuni-lo sobre determinados temas, 'deve'... Não se trata disso: trata-se de um Conselho ao qual pode ser pedido que dê o seu parecer."

Padre Lombardi sublinhou ainda que se trata do primeiro encontro do Papa com este Conselho e que, portanto, não se deve esperar decisões relevantes. Aliás, especificou, não serão publicados documentos de trabalho nem está previsto nenhum comunicado final.








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