2013-09-30 18:29:13

Arcebispo Zimowski sobre Dia do ancião: criar comunhão entre jovens e anciãos


Cidade do Vaticano (RV) - "Realizar uma comunidade eclesial fraterna onde, juntos, jovens e anciãos dirigem-se a Deus": essa é uma grande ajuda para quem se encontra em idade avançada.

É o que ressalta o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, na mensagem para o Dia internacional do ancião – convocado pela ONU –, que se celebra nesta terça-feira, 1º de outubro.

São mais de 600 milhões de anciãos no mundo e devido ao progressivo envelhecimento da população estima-se que daqui a dez anos serão mais de um bilhão. Diante dessa realidade, na mensagem para o Dia do ancião, Dom Zimowski pede a todos que colaborem por uma sociedade enriquecida pela participação de quem "poderia ser considerado 'não útil' e encoraja os anciãos a não se resignarem e a recordar que são um testemunho.

O Papa Francisco evidenciara no Rio de Janeiro que há "uma espécie de eutanásia escondida, ou seja, um não cuidar dos anciãos", mas também "uma eutanásia cultural" porque não os deixa falar, quando, ao invés, os anciãos devem transmitir-nos a sabedoria.

É preciso "evangelizar a velhice", ressalta Dom Zimowski, recordando que cada um é amado por Deus e quando a vida se torna frágil, ela não perde o seu valor.

"A Igreja seja efetivamente família de todas as gerações, em que cada um deve sentir-se em casa, onde não reina a lógica do lucro e do ter, mas da gratuidade e do amor" – auspicia.

Por isso, "a comunhão entre as gerações" é fundamental e a primeira grande ajuda para Dom Zimowski consiste no "realizar uma comunidade eclesial fraterna onde, juntos, jovens e anciãos dirigem-se a Deus".

Trata-se, portanto, de favorecer uma cultura da unidade entre as gerações. É preciso trabalhar por "uma pastoral dos anciãos", mais do que "para" os anciãos, ou seja, os próprios anciãos devem continuar a atividade missionária.

No que tange à assistência social e de saúde, é essencial que ela seja vivificada pelo amor. Mas, sobretudo, os votos do arcebispo é que haja particular atenção para a assistência religiosa aos anciãos não autossuficientes, não somente nas casas de repouso, mas também em suas residências, visitando-os e valorizando a vida deles na oração comum.

Esse deveria ser "um compromisso de toda a comunidade cristã" e por isso o Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde está organizando uma Conferência internacional, a realizar-se de 21 a 23 de novembro próximo, no Vaticano, com o tema: "A Igreja a serviço da pessoa anciã enferma: o tratamento de pessoas acometidas por patologias neurodegenerativas".

Efetivamente, na perspectiva cristã a velhice não é a decadência da vida, mas o seu cumprimento: um período no qual se pode ter uma sabedoria profunda, a que o Papa recordou em seu primeiro Angelus quando fez referência àquela senhora anciã que se confessou com ele e no final lhe disse que "se Deus não perdoasse tudo, o mundo não existiria". (RL)







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