2013-09-25 11:21:12

Promover a cultura do encontro - o Cardeal Vegliò sobre a Mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial do Migrante


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A primeira mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado chega num momento histórico especial em que o fenómeno da mobilidade humana afeta “uma multidão de pessoas”. A enquadrar a situação atual esteve o Cardeal Antonio Maria Vegliò, na conferência de imprensa que se realizou nesta terça-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé. Tendo como base os dados mais recentes das estatísticas das Nações Unidas e da Organização Mundial para as Migrações, o Cardeal Vegliò, Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes informou que 232 milhões de pessoas vivem hoje fora das suas nações de origem. Ao mesmo tempo, 740 milhões são migrantes internos, ou seja, aqueles que se movem dentro do seu próprio país. Os fluxos partem, sobretudo, do México, Bangladesh, China, India e Paquistão. Mas só no ano de 2011 quase 30 milhões de africanos emigraram a nível internacional. E os EUA são o país com maior número de entradas com cerca de 46 milhões.
Segundo o Presidente do Conselho Pontifício da Pastoral dos Migrantes, não obstante as dificuldades e as situações dramáticas, como são a exploração humana e a escravidão, a migração deve ser vista como um convite a imaginar um futuro diferente, numa perspetiva de desenvolvimento de toda a humanidade baseado numa cultura do acolhimento, do encontro e da cooperação internacional. A este propósito o Cardeal Vegliò solicitou a criação de um sistema normativo ad hoc que respeite a dignidade humana de cada migrante:

“Falamos de tráfico de ser humanos, da exploração, da criminalidade como se uma pessoa pelo simples facto de ser migrante fosse um criminoso que perturba a nossa identidade cultural ou cristã. Esta é uma cultura de morte. Como disse o Papa, utilizando uma bela frase que depois repetiu aos médicos católicos e na Sardenha: ‘esta é a cultura do descartável’. Assim, à cultura do descartável, que seria aquela do conflito, nós queremos inserir a cultura do encontro e da aceitação.” (RS)








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