2013-09-24 11:12:52

Relatório OIT – 168 milhões de crianças ainda são vítimas de exploração pelo trabalho


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No ano 2000, o número de crianças que trabalhavam em todo o mundo ultrapassava os 246 milhões. Segundo o mais recente relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) citado pela edição on line do jornal diário português Público, existem atualmente 168 milhões de menores a trabalhar, menos um terço do que no ano 2000. A região da Ásia e do Pacífico continua a liderar no número de crianças trabalhadoras, 78 milhões.
O documento da OIT revelado esta segunda-feira saúda a redução das crianças que trabalham mas sublinha que há ainda muito a fazer para eliminar as “piores formas” de trabalho infantil.
“Caminhamos na direção certa mas o progresso é ainda muito lento. Se queremos acabar com o flagelo do trabalho infantil num futuro próximo, então precisamos de uma substancial intensificação dos esforços a todos os níveis. Existem 168 milhões de razões para o fazermos”, afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, na apresentação do relatório, que acontece em vésperas da Conferência Global sobre Trabalho Infantil, em Brasília, Brasil.
Segundo dados da OIT, a maior diminuição do número de crianças trabalhadoras, entre os cinco e os 17 anos, decorreu entre 2008 e 2012. Em quatro anos, caiu de 215 milhões para 168. A organização exemplifica que na região da Ásia e do Pacífico esse número caiu de 114 milhões para perto de 78 milhões, naquela que foi a descida mais acentuada registada no relatório.
A diferença é menor quando analisados os dados da África subsariana (de 65 para 59 milhões) e na região da América Latina e Caraíbas (de 14 para 12 milhões). No ano passado, havia ainda 9,2 milhões de crianças sujeitas a trabalho no Médio Oriente e no Norte de África.
A organização considera que a diminuição registada em 12 anos pode explicar-se com o aumento do número de iniciativas criadas na luta contra o trabalho infantil. “Escolhas políticas associadas a investimentos na educação e na proteção social parecem ser particularmente relevantes para o declínio do trabalho infantil”, sublinha o documento. (RS) RealAudioMP3








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